Novas medidas revelam «incompetência e arrependimento» do Governo - TVI

Novas medidas revelam «incompetência e arrependimento» do Governo

Oposição reage ao anúncio de Álvaro Santos Pereira

O PS considera que a agenda de medidas aprovada em Conselho de Ministros para estimular o crescimento económico revela uma inflexão de discurso por parte do Governo, mas também «incompetência, arrependimento e incapacidade».

A posição foi transmitida em conferência de imprensa por Eurico Brilhante Dias, membro do Secretariado Nacional do PS, após o Governo ter apresentado as linhas gerais da «proposta de estratégia para o crescimento, o emprego e o fomento industrial» para o período 2013-2020.

«Ao fim de dois anos, o Governo da austeridade custe o que custar fez uma inflexão discursiva. O conjunto de ideias revela incompetência, arrependimento e incapacidade», afirmou o dirigente socialista.

Já a vice-presidente da bancada do BE, Cecílio Honório, atribuiu «fraca credibilidade» às medidas anunciadas pelo ministro da Economia, considerando que o Governo «perdeu um ano» no reforço da CGD.

«Há dois anos que o Governo utiliza a sua bíblia que é o memorando da troika que levou o país ao desemprego e à recessão. Vem hoje falar de um memorando para o crescimento e esta ideia tem fraca credibilidade com o quadro que conhecemos», afirmou.

Cecília Honório disse reter como «aspeto relevante» do anúncio o reforço da Caixa Geral de Depósitos como instrumento de apoio às pequenas e médias empresas. «Notamos um aspeto relevante que é o reforço da CGD. Dissemos durante muito tempo que não era preciso nenhum banco de fomento, que bastava reforçar dignamente a CGD para que ela desempenhasse o seu papel ao serviço da economia e ao serviço das pequenas e médias empresas», disse.

Cecília Honório considerou, no entanto, que a «carta de missão» para a CGD anunciada pelo ministro da Economia «não é suficiente». «Há mais de um ano que o Bloco defende que o reforço da CGD é determinante para o desenvolvimento da economia», disse Cecília Honório, criticando o Governo por «perder um ano com os ziguezagues do ministro da Economia».
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