1º round: Sócrates ataca Santana - TVI

1º round: Sócrates ataca Santana

Quem ganha. Sócrates ou Santana?

Antes mesmo de se dedicar em exclusivo ao Orçamento de Estado, primeiro-ministro criticou governos sociais-democratas, apontou o dedo directamente ao líder da bancada parlamentar do PSD e acusou-o de um dos «maiores fracassos governamentais. Debate promete aquecer com Santana a preparar resposta aos ataques.

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O primeiro-ministro está esta terça-feira no Parlamento para apresentar o Orçamento de Estado e, num longo discurso que passa pelo défice, despesa pública, desemprego, atracção de investimento e «crescimento sustentado e virtuoso», Santana Lopes teve direito a vários ataques directos com sabor a «ironia amarga». A ironia, diz Sócrates, é ver «a direita neste debate ser liderada pelos mesmíssimos responsáveis por aquele que foi um dos maiores fracassos governamentais».

Em contrapartida, garante Sócrates, este Governo irá retirar do défice do Estado «mais de cinco mil milhões de euros», acrescentando que «a despesa corrente primária passará para 38 por cento do Produto Interno Bruto (PIB)».

Sócrates acusa executivos sociais-democratas

Pouco depois, e mostrando que a tensão entre Santana e Sócrates está bem patente, o primeiro-ministro acusou os governos PSD de entre 2002 e 2005 ter deixado o desemprego crescer 3,1 por cento, enquanto durante «estes dois anos e meio» de vigência socialista «cresceu quatro décimas». O que os números mostram, diz Sócrates, é que «nestes dois anos foi possível conter o ritmo de crescimento do desemprego». Mas no tempo de Durão e Santana não foi.

Mais: «desde que o Governo iniciou funções, a economia criou 60 mil postos de trabalho. Nos três anos anteriores, a economia perder 37 mil postos de trabalhos».

Com um pé na apresentação do Orçamento de Estado, Sócrates deixou o outro nas constantes comparações entre os tempos sociais-democratas e a vigência do seu Governo. Para o primeiro-ministro, os sacrifícios exigidos aos portugueses entre 2002 e 2004 «não trouxeram resultados». E mesmo com «receitas extraordinárias, Portugal não saiu da situação de défice excessivo; e descontadas aquelas receitas o défice subiu bem acima dos 5 por cento», assim como a despesa pública, a dívida, e a «economia sofreu uma recessão em 2003 e ficou à beira de uma segunda recessão no primeiro trimestre de 2005».

No final do discurso, Sócrates volta à carga: «não queremos olhar para o passado, deixamos isso a quem nada mais tem a oferecer senão recauchutar os protagonistas do seu próprio insucesso».

Educação, formação, ciência, inovação

Passando apenas à apresentação do Orçamento, Sócrates promete um documento «amigo da economia», com as «verbas para investimento público» a subirem, mas sobretudo amigo das «prioridades sociais». O OE, promete o primeiro-ministro, aposta na educação, formação e pela primeira vez cumpre uma das metas «mais importantes da estratégia europeia para o conhecimento e inovação: o orçamento da ciência e tecnologia representará 1 por cento do PIB».

Frisando as políticas de apoio à natalidade e famílias, o Governo promete «combater as desigualdades». Após enunciar de novo as medidas já apresentadas dedicadas às famílias jovens com filhos e aos idosos, o primeiro-ministro anunciou o número de abrangidos por estas medidas.

Vacina contra o cancro do colo do útero

Também o Serviço Nacional de Saúde mereceu uma longa explicação do primeiro-ministro, com uma surpresa para animar o hemiciclo: o governo irá incluir a partir do próximo ano, no Plano Nacional de Vacinação, a vacina contra o cancro do colo do útero, «assegurando que o acesso não depende das condições económicas das respectivas famílias».

Leia mais sobre as medidas apresentadas sobre o Orçamento de Estado para 2008 aqui
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