PCP lembra que PSD aprovou orçamentos de Sócrates - TVI

PCP lembra que PSD aprovou orçamentos de Sócrates

Partidos reagem a entrevista de Passos Coelho

Sociais-democratas alegam «sentido de Estado» e «responsabilidade»

O PCP acusou o PSD de qualificar como «desastrosa» a política dos Governos socialistas, mas de sempre ter viabilizado os orçamentos de José Sócrates, tendo o PSD invocado o «sentido de Estado» e de «responsabilidade» como justificação.

O líder parlamentar comunista, Bernardino Soares, pediu a palavra no debate do Orçamento do Estado para 2013 para interrogar o presidente da bancada do PSD, Luís Montenegro, que tinha acabado de fazer uma intervenção com críticas ao PS.

Bernardino Soares perguntou a Luís Montenegro porque é que o PSD viabilizou sempre os orçamentos de José Sócrates e o primeiro, segundo e terceiro Pactos de Estabilidade e Crescimento (PEC) do anterior Governo socialista se considerava as suas políticas «desastrosas».

O líder parlamentar do PSD lembrou que os partidos da maioria de direita, quando estavam na oposição, revelaram sentido de «responsabilidade» e de «Estado», ao viabilizar os dois orçamentos do Governo anterior para evitar uma crise política «meses» depois de os portugueses se terem pronunciado em eleições, nas quais entregaram o poder ao PS, apesar de lhe retirarem a maioria absoluta.

Porém, acrescentou, quando PSD e CDS chumbaram o PEC IV, depois de o Governo anterior ter revelado a sua «incapacidade», fizeram-no já e também em consonância com a vontade do povo, que nas eleições seguintes escolheram PSD e CDS para governar.

Luís Montenegro aproveitou a questão de Bernardino Soares para se dirigir ao PS, a quem pediu para revelar agora o mesmo sentido de Estado e responsabilidade que a direita mostrou quando estava na oposição.

Acusando o PS de querer «abandonar o barco» logo «três meses» depois de ter assinado o memorando de entendimento com os credores internacionais, Luís Montenegro considerou que, ao assinar aquele acordo, o PS assumiu responsabilidades não com o Governo que se seguiu, mas com «o povo português».

«Subscrevemos o memorando negociado pelo PS, não éramos obrigados a fazê-lo. O PS não subscreve e devia ser obrigado a isso, à implementação desse memorando», afirmou.
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