Fernando Nobre já esperava recandidatura de Cavaco - TVI

Fernando Nobre já esperava recandidatura de Cavaco

Fernando Nobre (Miguel A. Lopes/Lusa)

Mas o candidato presidencial critica a forma como foi feito o anúncio

O candidato às eleições presidenciais Fernando Nobre disse esta quinta-feira, em Peniche, que há vários meses que já aguardava a recandidatura de Aníbal Cavaco Silva, criticando todavia a forma como o anúncio foi feito, escreve a Lusa.

«Já há muitos meses que era expectável a recandidatura do professor Cavaco Silva, que tem toda a legitimidade para se recandidatar» disse Fernando Nobre.

No entanto, criticou «o modo como a candidatura foi anunciada [pelo comentador Marcelo Rebelo de Sousa, em directo na TVI] num programa de um comentador político», sublinhando que tal «não credibiliza muito a política».

Fernando Nobre coloca as expectativas nos assuntos que poderá vir a debater com o atual Presidente da República e seu eventual concorrente às eleições presidenciais.

O candidato voltou a sublinhar que «é muito diferente ter em Belém um Presidente da República com marcadas preocupações sociais e humanísticas», que o define, «de um Presidente da República preocupado só com a economia e as finanças sem impedir que Portugal mergulhe numa profunda crise económica e financeira com repercussões sociais tremendas».

Para Fernando Nobre, Cavaco Silva teve «atitudes corretas», mas também «contribuiu para o não regular funcionamento das instituições», dando como exemplo o caso das escutas telefónicas entre Belém e São Bento.

Por outro lado e olhando para o mandato do actual Presidente da República, Fernando Nobre deixa desde já o alerta: «comigo não haverá governos minoritários porque são governos de instabilidade e, nesta fase, o país precisa de desígnios nacionais, que só se conseguem com maiorias parlamentares».

Mas o candidato deixou ainda um apelo aos partidos políticos: que desenvolvam negociações em torno do Orçamento do Estado «com discrição» e «sem ruído excessivo para a opinião pública».

«Apelo a que todos os intervenientes se sentem à mesa com discrição sem ruídos excessivos para a opinião pública e que em silêncio e com eficácia se encontrem as medidas que satisfaçam as necessidades do povo português», afirmou.
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