«Considerando a posição do Governo - de que é uma questão privada, como em relação ao BES e à banca comercial, e de não assumir que é uma questão e um imperativo nacionais -, é necessário uma intervenção que defendesse este património, impedindo a sua destruição paulatina», disse Jerónimo de Sousa, à margem de uma reunião com a Confederação Nacional Agricultura (CNA), na sede lisboeta do PCP.
«Estamos a assistir a uma destruição da PT para, mais tarde, ser comprada ao preço da uva mijona, perdendo nós uma alavanca fundamental para o nosso desenvolvimento», acrescentou.
As ações da Portugal Telecom continuam em forte queda esta terça-feira depois de terem batido o valor mais baixo de sempre ontem.
«Consideramos que é inaceitável que o Governo se ponha à distância, a assistir à destruição desta importante unidade produtiva», reforçou Jerónimo.
Para o secretário-geral comunista, trata-se de «uma questão nacional, uma empresa estratégica, que tinha um lugar na economia e que, resultante deste processo de privatizações, corre o risco de ficar como um segmento residual nas mãos de uma qualquer multinacional em que se ameaça mesmo milhares de postos de trabalho».