«Não teve coragem de cortar no subsídio de Natal, vai cortar em 14 prestações suaves» - TVI

«Não teve coragem de cortar no subsídio de Natal, vai cortar em 14 prestações suaves»

Jerónimo de Sousa no debate do Estado da Nação

Jerónimo de Sousa diz que Governo «só carrega em quem menos tem e menos pode». Sócrates diz que tomou as medidas de austeridade «com um aperto no coração»

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O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou o Governo de cortar o subsídio de Natal em 14 prestações suaves». Durante o debate quinzenal, Jerónimo de Sousa afirmou que «cada trabalhador vai receber menos 70 por cento do subsídio de Natal». «Não teve coragem de cortar no subsídio de Natal, vai cortar em 14 prestações suaves», acusou.

José Sócrates confessou que sente «um aperto no coração» ao tomar estas medidas. «Ninguém toma estas medidas de ânimo leve e nenhum político gosta de as tomar. Mas não as tomar seria muito pior para a nossa economia», disse.

«Estamos a ser penalizados por não as termos tomado quando outros países como a Irlanda fizeram», afirmou, e respondeu desta forma à oposição: «É muito fácil tentar um aproveitamento político destas medidas. Difícil é apresentar uma alternativa.

Depois de o primeiro-ministro ter dito que em política «é preciso ter coragem», Jerónimo de Sousa, que acusou o Governo de ter «coragem para carregar em quem menos tem e menos pode», deixando de fora dos sacrifícios quem tem mais dinheiro.

José Sócrates respondeu que foi o seu Governo quem criou um escalão do IRS para quem mais ganha, a instituição de mais valias sobre os ganhos bolsistas, e que vai avançar agora com um novo impostos sobre o passivos dos bancos «nas mesmas circunstâncias em que está a ser criado na Alemanha, França e Inglaterra».

«Portugal junta-se assim ao conjunto dos países que vai exigir ao nosso sistema financeiro que dêem uma contribuição ao Estado para que o Estado, quando for necessário, como foi necessário em 2009, pudesse acudir para que essa situação financeira não fosse sistémica, não se estendesse aos outros bancos e não prejudicasse os depositantes».

«A nossa economia, o prestígio e a credibilidade do Estado português seriam postos em causa se não tivéssemos a coragem de tomar estas medidas que no fundo defendem o interesse nacional e o país», acrescentou.
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