«Novo ciclo do PS não deverá ser anti-ciclo»

Depois da eleição do novo líder, António José Seguro, o futuro do Partido Socialista esteve em debate no programa «Política Mesmo» do TVI24.

Em análise esteve a disciplina de voto no grupo parlamentar e o modo como o PS deve lidar com os partidos mais à esquerda e fazer oposição ao Governo.

«É absolutamente decisivo perceber bem o resultado desta eleição interna, que significa uma viragem, um novo ciclo, mas este novo ciclo não pode ser um anti-ciclo do passado recente», disse Augusto Santos Silva, que defende que a disciplina de voto «deve ser a regra» no grupo parlamentar socialista.

Já Vítor Ramalho deixou um aviso ao Executivo de Passos Coelho: «Para além das restrições da crise, relativamente à qual o PS dará todo o contributo para a sua resolução porque é patriota, esse contributo não se pode confundir com exigências do Governo. Se tudo aquilo que o Governo quer fosse satisfeito pelo PS, então não havia oposição nem democracia».

O deputado João Galamba preferiu falar para PCP e Bloco de Esquerda: «O PS deve procurar defender aquilo em que acredita. Haverá áreas de convergência com alguns partidos à nossa esquerda, mas têm de mudar significativamente, têm de abandonar o sectarismo que não traz nada de bom nem aos próprios, nem à esquerda».

A socialista Sónia Fertuzinhos frisou a necessidade do partido de aproximar mais aos eleitores.