«O dia da grande sondagem é o dia das eleições» - TVI

«O dia da grande sondagem é o dia das eleições»

Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite desvalorizou desta forma recentes estudos de opinião

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A presidente do PSD afirmou esta sexta-feira que «o dia da grande sondagem é o dia das eleições», desvalorizando os recentes estudos de opinião, que mantêm o PS como o partido com mais intenções de voto, noticia a Lusa.

Em declarações à Rádio Renascença (RR), Manuela Ferreira Leite salientou que «todos estes barómetros apontam para que o PS não tenha maioria absoluta».

«Quer dizer que existe uma margem de descontentamento em relação ao PS e ao seu Governo, que nós sentimos no nosso dia-a-dia, que evidentemente é uma margem de esperança que o PSD tem todo o espaço para poder captar», considerou. «O dia da grande sondagem é o dia das eleições», acrescentou.

Manuela Ferreira Leite, manifestou-se segura de que «o PSD, através de uma linguagem de verdade e de seriedade e de falar sempre sobre os assuntos sem qualquer tipo de subterfúgios, tem margem para captar e dar esperança aos portugueses».

«A verdadeira sondagem há de ser através do voto. Nessa sondagem através do voto eu estou absolutamente convicta de que isso vai acontecer», afirmou.

«Não me vou desviar em nome de quaisquer sondagens»

A presidente do PSD frisou que os resultados dos estudos de opinião não farão mudar a orientação que definiu para o partido: «Nada me vai fazer alterar aquilo que eu penso que é a verdadeira orientação que o partido deve ter e as propostas honestas e verdadeiras que devem ser feitas. Não me vou desviar em nome de quaisquer sondagens».

Questionada se está certa de que vai manter-se à frente do PSD até às legislativas de 2009, Manuela Ferreira Leite respondeu que sim, ressalvando que a saúde e a vida não dependem de si: «Naquilo que depende de mim com certeza que eu serei candidata pelo partido nas próximas eleições».

A presidente do PSD atribuiu os sinais de desunião do partido às «cúpulas dirigentes de distritais» que nunca apoiaram a sua liderança, o que sublinhou ser «legítimo».

«Uma coisa que sempre senti no PSD foi a força dos militantes. Eu não tenho nenhuma dúvida de que tenho o apoio dos militantes comigo, total», assinalou Manuela Ferreira Leite.

Sobre a actuação do Governo, a presidente do PSD acusou o primeiro-ministro de deixar as empresas mais endividadas e a dar apoios «de forma discricionária», perguntando «porque está a apoiar a banca, o sector automóvel, não passando por outros sectores».

«Porque não o têxtil ou o calçado?», interrogou, contrapondo que na sua opinião «a solução para a situação económica e aquilo de que as empresas precisam era que o Governo, o Estado, lhes pagasse as dívidas».

«Eu quero o sector empresarial liberto do Estado, sem dívidas e a poder progredir pelo seu próprio pé. Uma visão completamente diversa, para além de que não é discricionária», resumiu, nas declarações à RR.
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