«O PS não tem para o país uma esperança de futuro» - TVI

«O PS não tem para o país uma esperança de futuro»

José Sócrates e Passos Coelho

«Dificilmente com Sócrates o partido ganhará a confiança dos portugueses», disse Pedro Passos Coelho, numa entrevista ao jornal espanhol ABC

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou, numa entrevista ao jornal espanhol ABC realizada na sexta-feira e publicada esta quinta-feira, que dificilmente com José Sócrates o PS ganhará a confiança dos portugueses.

«O PS não tem para o país uma esperança de futuro. Creio que dificilmente com Sócrates o partido ganhará a confiança dos portugueses», declarou Pedro Passos Coelho, na entrevista ao ABC.

O presidente do PSD respondia a uma questão sobre se os portugueses estão decepcionados com o Governo de José Sócrates. «O PS e o actual primeiro-ministro foram perdendo credibilidade e capacidade política. As pessoas em Portugal não conseguem identificar uma bandeira reformadora importante que se associe a este Governo. Dá a impressão de que se desorientou com a crise económica e social», começou por responder Passos Coelho.

O presidente do PSD acrescentou que o Governo «parece que perdeu a capacidade reformista e quando isto acontece perde-se a capacidade criativa e deixa-se de ter uma cumplicidade com o eleitorado».

Na entrevista ao ABC, Pedro Passos Coelho defende que os portugueses, «quando deram ao PS a maioria absoluta há cinco anos», mostraram «que não têm medo de mudar». «A decepção dos portugueses impulsionará um novo resultado eleitoral, desta vez do lado do PSD, se soubermos encontrar um caminho que tranquilize as pessoas», considerou, na mesma entrevista citada pela Lusa.

Quanto à chegada ou não do Governo ao final da legislatura, declarou: «A minha primeira preocupação não é derrubar o Governo, é encontrar uma boa resposta para a crise e criar condições para a reforma estrutural do país».

O presidente do PSD acrescentou que, «na medida em que este Governo aceite» algumas das suas propostas de reforma do Estado, os sociais-democratas estão «disponíveis para ajudar o país sem precipitar uma crise».

«Não desejo uma crise política para Portugal e espero que o Governo contribua positivamente para a evitar. A minha missão é preparar o PSD para regressar ao Governo», disse ainda.

As declarações de Pedro Passos Coelho surgem um dia depois de se ter reunido com José Sócrates, numa espécie de pacto para fazer frente à classificação de Portugal pelas agências de notação financeira.
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