«Se for necessário a coligação, faça-se a coligação», diz Luís Amado - TVI

«Se for necessário a coligação, faça-se a coligação», diz Luís Amado

Ministro dos Negócios Estrangeiros respondeu a perguntas no Parlamento sobre a entrevista que deu no fim-de-semana

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Após a entrevista que marcou o fim-de-semana, em que defendeu uma coligação para ultrapassar a crise, o ministro Luís Amado foi esta segunda-feira ao Parlamento reafirmar as suas ideias em relação ao futuro do país.

Disse não retirar uma palavra ao que disse ao jornal «Expresso», mas avisa que existe um contexto. Em todo o caso, não deixou dúvidas: «Se for necessário uma coligação, faça-se a coligação. É preciso ter em consideração que 2011 é um ano absolutamente crítico para o nosso futuro na relação com o projecto europeu e a união económica e monetária».

«Eu nunca disse que o Governo está desgastado. O Governo está a ser desgastado», começou por referir em resposta a uma questão colocada por José Manuel Pureza, do Bloco de Esquerda.

O responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros não se cansou de falar em «desgaste do primeiro-ministro», que «desgasta o país», uma vez que «a pressão dos mercados é quotidiana» e é «inaceitável que imediatamente após a aprovação do Orçamento na generalidade se continue com o tacticismo suicida a desgastar o Governo, anunciando uma crise política para Março».

«2011 exige estabilidade política. Se for resultante de acordo de cavalheiros, muito bem. Se for um acordo inter-partidário melhor, se for de uma coligação tanto melhor. É esse o meu ponto de vista», vincou, confessando estar «muito preocupado com a situação do país».

Motivado para continuar

Antes desta resposta inflamada a questão colocada pelo Bloco de Esquerda, Amado afirmou estar «perfeitamente motivado» para as suas funções, numa resposta ao deputado social-democrata Carlos Gonçalves.

O ministro ironizou ao afirmar que Carlos Gonçalves «lê os títulos, mas não lê as entrevistas» e considerou que «os títulos são sempre o compromisso entre o que o jornalista gostaria que disséssemos e aquilo que dissemos».
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