Nobre diz que cortes nos abonos prejudicam taxa de natalidade - TVI

Nobre diz que cortes nos abonos prejudicam taxa de natalidade

Candidato defende medidas para que casais decidam ter mais de dois filhos

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O candidato presidencial Fernando Nobre criticou esta terça-feira os cortes nos abonos de família, afirmando que são precisas medidas para incentivar a natalidade e que um Presidente da República deve exercer a sua «magistratura de influência» nesse sentido, noticia a Lusa.

Em declarações aos jornalistas após uma visita à unidade de Obstetrícia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Fernando Nobre defendeu que são precisas «medidas concretas» como incrementos aos abonos de família para casais que decidam ter mais de dois filhos.

«Não é cortando nos abonos de família que vamos estimular o crescimento», disse o candidato, aludindo a uma das medidas de austeridade decididas pelo governo para o Orçamento de Estado de 2011.

Questionado sobre se influenciar as políticas de natalidade é uma competência presidencial, Fernando Nobre afirmou categoricamente que sim, dizendo que ao chefe de Estado cabe usar a sua «magistratura de influência» para que o debate político se centre nos «verdadeiros problemas que interessam ao país».

«Este é um problema fulcral para o país», apontou, acrescentando que os decisores têm andado «distraídos» com a questão, que se pode tornar um caso de «soberania» se a segurança social perder sustentabilidade.

O candidato considerou que «até hoje ninguém deu atenção, ninguém criou políticas de crescimento da nossa população e isso tem que acabar».

Fernando Nobre visitou a unidade hospitalar com o chefe do serviço, Calhaz Jorge, que lhe disse que se realizam ali «cerca de três mil partos por ano», um número que não tem crescido nos últimos anos.

Fernando Nobre referiu que a taxa de fecundidade necessária a um crescimento da população é de 2,1 filhos por mulher, mas este número em Portugal não vai além de 1,4.

Além de medidas legislativas, o incentivo à natalidade precisa de «esperança», disse o candidato, que afirmou que uma vitória sua nas eleições traria uma «onda de esperança» ao país.

«Ninguém tem filhos num clima de desespero e sem perspectivas de futuro», argumentou.
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