O Presidente da República enviou aos militares e agentes de segurança destacados em missões no estrangeiro uma mensagem, transmitindo o seu reconhecimento pelo empenho ao serviço da paz, num tempo em que as «ameaças à segurança» exigem «combate firme».
«Os recentes atentados em Bombaim são um trágico exemplo das razões que nos levam a dizer presente nos esforços da comunidade internacional para combater o terrorismo e a participar nas operações militares humanitárias e de apoio à paz», refere o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, numa mensagem vídeo aos militares e agentes de segurança destacados em missões no estrangeiro.
Assim, acrescenta o chefe de Estado, e porque «as actuais ameaças à segurança e ao desenvolvimento dos povos não podem ser ignoradas», exige-se um combate firme.
Aliás, refere também Cavaco Silva, são essas ameaças que constituem uma das principais motivações para a presença, em teatros de operações espalhados por todo o mundo de militares dos três ramos das Forças Armadas ¿ Marinha, Exército e Força Aérea ¿, e também da Guarda Nacional Republicana e elementos da Polícia de Segurança Pública.
«É com um sentimento de profunda gratidão que vos falo, transmitindo o público reconhecimento do Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas pelo vosso desempenho ao serviço da paz e dos Direitos Humanos», salienta o chefe de Estado na mensagem vídeo que será colocada na página da Internet da Presidência da República e nas páginas dos três ramos das Forças Armadas, da GNR e da PSP.
Apreço pelos «sacrifícios»
Na mensagem, que é divulgada no dia em que os filhos dos militares e agentes de segurança destacados vão estar em Belém a convite do Presidente da República para inaugurar a árvore de Natal do Palácio, Cavaco Silva reconhece ainda a dificuldade das missões, enaltecendo a conduta daqueles que estão fora de Portugal.
«São complexas, e muitas vezes perigosas, as missões que foram chamados a desempenhar. A vossa conduta digna, profissional e altruísta, e a vossa capacidade para estabelecer laços de amizade e proximidade com as populações são motivo de elogio generalizado», diz Cavaco Silva.
O Presidente da República explica ainda que ao convidar os filhos dos militares e agentes de segurança em missão no estrangeiro para a inauguração da árvore de Natal e da tradicional exposição de presépios pretendeu expressar o seu apreço pelos «sacrifícios que fazem em nome de Portugal».
«Não esquecemos a pesada responsabilidade que cabe aqueles que vos são próximos de assegurarem a estabilidade do núcleo familiar e de, no lado de cá, lutarem por um País mais próspero», sublinha o chefe de Estado, aproveitando para enviar «calorosos votos de um Feliz Natal e de um Bom Ano Novo».
De acordo com a Presidência da República, actualmente prestam serviço no exterior, no quadro das missões internacionais de apoio à paz, quase nove centenas de militares dos três ramos das Forças Armadas, da GNR e da PSP.
Estes militares e agentes da PSP estão destacados em teatros de operações como o Afeganistão, Bósnia-Herzegovina, Congo, Kosovo, Líbano ou Timor-Leste. Relativamente às Forças Armadas, que já tinham estado presentes no Afeganistão em 2002 e 2004, dispõem actualmente, neste país, de mais de 70 militares. Outros 150 militares encontram-se no Líbano, numa missão que teve início em 2006.
Quanto aos militares da GNR, 210 estão agora em missão em vários países, nomeadamente em Timor-Leste, na Bósnia-Herzegovina e na República Democrática do Congo.
Cavaco mandou mensagem aos militares em missão no estrangeiro
- Redação
- SM
- 5 dez 2008, 16:29
Presidente quis expressar «profunda gratidão» e «reconhecimento» pelo desempenho das Forças Armadas
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