«Debate político é, agora, entre o PS e o BE» - TVI

«Debate político é, agora, entre o PS e o BE»

BE na noite das eleições europeias

Francisco Louçã esclarece «dúvidas» levantadas por José Sócrates

Relacionados
Francisco Louçã ainda não esqueceu o debate aceso que protagonizou com José Sócrates, onde, segundo o próprio, foi «claro que a preocupação, o pânico e o pavor do PS e da sua maioria absoluta é o BE».

«O debate político é, agora, entre o PS e o Bloco de Esquerda», referiu, esta quarta-feira à noite, num comício em Viana do Castelo.

Sócrates e Louçã: debate duro afasta hipótese de coligação

O coordenador nacional do Bloco de Esquerda explicou a sua visão sobre os Planos de Poupança Reforma (PPR), motivo de crítica do secretário-geral do PS, já que o programa bloquista defende o fim dos benefícios fiscais nos planos poupança reforma, saúde e educação. Segundo Sócrates, esta medida proposta pelo BE penalizaria a classe média em mais de mil milhões de euros.

«Os PPR não rendem nada, um depósito a prazo rende mais do que um PPR», justificou Louçã, acrescentando que se trata de um «sistema de risco», já que os bancos recebem o dinheiro dos trabalhadores e aplicam-no na bolsa, «onde se pode ganhar ou perder».

«Mesmo se ganharem, os bancos cobram comissões elevadíssimas», frisou. O BE defende, assim, um sistema de Segurança Social «garantido», que assegure que, na idade da reforma, «o trabalhador não recebe nenhuma esmola, mas sim o dinheiro que é seu».

Ainda as auto-estradas

Francisco Louçã criticou ainda a diferença de 688 milhões de euros entre o valor do concurso de seis auto-estradas recentemente adjudicadas pelo Governo e o valor das respectivas adjudicações.

«Os portugueses vão pagar 689 milhões e 362 mil euros a mais em relação ao preço do concurso. Este valor dava para construir dois hospitais centrais no País ou para pagar dois anos de aumento das reformas do milhão de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza», referiu.

Em causa as auto-estradas do Douro Interior, Trás-os-Montes, Baixo Alentejo, Litoral Oeste, Algarve e Baixo Tejo. O líder do BE disse que esta última é o caso mais flagrante, já que o preço da adjudicação foi superior em 168 por cento ao preço do concurso.
Continue a ler esta notícia

Relacionados