Roberto Carneiro avalia Novas Oportunidades - TVI

Roberto Carneiro avalia Novas Oportunidades

  • Portugal Diário
  • 11 jan 2008, 14:17

O ex-ministro da Educação vai encabeçar uma equipa nacional e internacional

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O ex-ministro da Educação Roberto Carneiro vai encabeçar uma «equipa nacional e internacional» para avaliar a execução do programa de qualificação escolar Novas Oportunidades, afirmou esta sexta-feira o ministro do Trabalho e da Solidariedade.

Num debate temático na Assembleia da República, Vieira da Silva afirmou, respondendo a questões da oposição, que o programa Novas Oportunidades terá «uma avaliação externa longa e em profundidade».

Roberto Carneiro (ex-ministro da Educação no XI Governo Constitucional presidido por Cavaco Silva) encabeçará uma equipa que «acompanhará o efeito e a eficácia dos centros Novas Oportunidades», tendo o governo encomendado também um «estudo de avaliação» do programa que deverá estar feito este ano.

Vieira da Silva destacou a «adesão maciça» de adultos aos programas de reconhecimento de competências, com «mais de 350 mil aderentes em dois anos», dos quais 80 mil já acabaram, afirmando que o programa Novas Oportunidades é «uma resposta central a prementes necessidades sociais» na área da qualificação e emprego.

As posições da oposição

O PSD defende a criação de um «observatório independente do governo» que faça auditorias ao programa Novas Oportunidades, declarou o social-democrata Pedro Duarte.

Pelo CDS-PP, o deputado José Paulo Carvalho exigiu que o governo esclareça «quais os índices de empregabilidade» após ingressar nas Novas Oportunidades das pessoas que estavam desempregadas.

O deputado comunista Miguel Tiago acusou o governo de «manipulação estatística», apresentando números de «de competências em massa» sem que se verifique «um verdadeiro processo de aprendizagem e qualificação».

José Miguel Gonçalves, de Os Verdes, questionou também quando é que se poderão esperar ver resultados da aplicação das Novas Oportunidades nos índices de emprego, lembrando que o primeiro-ministro disse que o programa iria ter «resultados imediatos» quando anunciou o seu início, há dois anos.

Vieira da Silva afirmou que «ainda não se pode avaliar o percurso dos beneficiários» das Novas Oportunidades, ressalvando que «o peso no emprego dos trabalhadores qualificados tem vindo a crescer».

Ana Drago, do Bloco de Esquerda, criticou o facto de ao apelar, além dos adultos, a jovens a partir dos 18 anos, o programa promover o «desincentivo pelo percurso escolar», acusando também o governo de vir ao Parlamento fazer «propaganda», sem «responder a questões sobre o resultado [das Novas Oportunidades] na vida das pessoas».
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