Paulo Portas tem «calotes políticos» - TVI

Paulo Portas tem «calotes políticos»

  • Portugal Diário
  • 25 fev 2008, 16:34

Polémica: ministro desmente pagamentos em atraso aos agricultores

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O ministro da Agricultura, Jaime Silva, desmentiu esta segunda-feira que haja pagamentos em atraso aos agricultores e acusou o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, de ter «calotes políticos, que são dívidas de explicações que ele não dá aos portugueses», noticia a Lusa.

Paulo Portas acusou no domingo o ministro da Agricultura de estar a praticar uma «política de calote» com os agricultores e apelou ao Governo para saldar vários pagamentos em atraso desde Novembro de 2007 relativos a medidas agro-ambientais, indemnizações compensatórias, apoios à produção e ainda outros relativos à área florestal.

«Devia estudar os dossiers», respondeu hoje Jaime Silva, à margem de uma visita a Castelo Branco. «Como não tem críticas à política para a agricultura, vai criticando onde não tem base nenhuma, invocando dívidas», referiu.

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«Pagámos até Dezembro do ano passado 990 milhões de euros e preparamo-nos para pagar mais 130 milhões de euros até dia 15 de Março. E os prazos de pagamento de todo este dinheiro era até 30 de Junho de 2008. Portanto, não estamos atrasados. Não há calotes aos agricultores», sublinhou.

«Agora, o doutor Paulo Portas tem calotes políticos, que são dívidas de explicações que ele não dá aos portugueses», destacou Jaime Silva, numa alusão aos casos Portucale, venda do Casino de Lisboa e documentos que copiou ao deixar o Governo.

«Houve dois ministros do CDS, do Governo anterior, que assinaram despachos depois de perderem eleições e publicaram-nos com efeitos retroactivos. Refiro-me ao caso Portucale. É bom que o doutor Paulo Portas explique aos portugueses que avaliação política faz deste comportamento», refere.

«É bom que explique bem aos portugueses a responsabilidade do Governo a que pertencia relativamente ao Casino de Lisboa», disse também Jaime Silva, acrescentando: «Foi o ministro que mais fotocópias fez antes de sair do Governo. E as fotocópias são caras. Devia explicar se dizem respeito a assuntos privados ou do Ministério» da Defesa.

«São explicações devidas. São calotes políticos e esses são os mais importantes em democracia. Um político que pretende ter sentido de Estado ou que pelo menos andou a vender essa imagem como o doutor Paulo Portas tem explicações que ainda não deu e tem que dar», sublinhou, concluíndo com uma frase irónica: «Há coisas que não se branqueiam na cadeira do dentista».
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