Madeira: Seguro já chegou ao Funchal - TVI

Madeira: Seguro já chegou ao Funchal

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Líder do PS defende coragem de «apurar responsabilidades» fiscais, criminais e políticas face a dívida oculta

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O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu esta sexta-feira ser necessária «coragem de ir ao fundo» e «apurar responsabilidades» fiscais, criminais e políticas face à dívida oculta nas contas da Madeira, escreve a Lusa.

À chegada ao Funchal para participar na campanha para as legislativas regionais no arquipélago, o líder socialista considerou que o acto eleitoral de 9 de Outubro está em causa «a credibilidade do Estado de Direito».

«O que está em causa é muito sério (...) quando se descobre que há uma dívida oculta superior a mil milhões de euros, naturalmente que isso é uma situação muito grave. E não conseguimos corrigir essa situação se não tivermos a coragem de ir ao fundo, perceber as causas, e apurar responsabilidades», disse, ladeado pelo cabeça de lista do PS às eleições regionais, Maximiano Martins.

E acrescentou: «Vivemos num país onde na maior parte das vezes não se apuram responsabilidades. Chegou o momento de o fazer. E há várias responsabilidades que têm de ser apuradas. Julgo que o Estado de Direito democrático, as instituições e os órgãos de soberania sairiam muito mal junto dos portugueses se não houvesse um apuramento real destas responsabilidades, do ponto de vista fiscal, criminal e político».

Seguro defendeu ainda a necessidade de os madeirenses serem esclarecidos sobre «as consequências que advirão» da «má gestão e ausência de transparência» do executivo regional.

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações da ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite ¿ que quinta-feira considerou «impensável que o PS possa sequer abrir boca» sobre a Madeira, face ao estado em que Sócrates deixou o país -, António José Seguro considerou serem «duas coisas diferentes».

«Uma coisa é discutirmos dívida. Teremos oportunidade de o fazer e temo-lo vindo a fazer no Parlamento. Outra é descobrirmos dívida oculta. 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2009, 2010. E eu julgo que é um problema que exige que todas as pessoas de bom senso e que exigem seriedade ao Estado de Direito que é uma situação gravíssima», advogou.

Todos os Governos, prosseguiu, «deixam herança com coisas boas e más».

«Não podemos é esconder as responsabilidades do Governo do PSD na Madeira com eventuais outras responsabilidades. As questões são completamente diferentes».

Seguro escusou-se ainda a comentar os números hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), valores que são «agregados» e que não permitem perceber «o que suporta o desvio» indicado.
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