CDU quer «uma efectiva democracia cultural» - TVI

CDU quer «uma efectiva democracia cultural»

Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa critica «desresponsabilização do Estado» no apoio à cultura

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu esta quarta-feira «uma efectiva democracia cultural», criticando a «desresponsabilização do Estado» no apoio à cultura e a diminuição dos Direitos, num evento organizado pela Coligação Democrática Unitária (CDU), escreve a Lusa.

«A falta de apoio à criação cultural traduz-se na desresponsabilização do Estado perante as suas funções culturais e na degradação das condições de trabalho dos trabalhadores e sobretudo dos jovens», afirmou, na iniciativa da coligação de comunistas e do Partido Ecologista «Os Verdes» para as Legislativas de 5 de Junho, perante uma plateia de cerca de 50 pessoas, no Fórum Lisboa.

Jerónimo de Sousa sublinhou as tendências para o «assalariamento, o crescimento do desemprego nas profissões intelectuais, particularmente entre os jovens licenciados à procura do primeiro emprego, e a precarização generalizada da prestação de trabalho» nestes sectores em particular.

Para o líder comunista, «havia e há alternativas ao roubo que se está a concretizar contra o nosso Povo e o País», através daquilo que considerou ser «um verdadeiro programa de Governo imposto do exterior e que a troika dos partidos da política de Direita assumem como seu, ao mesmo tempo que competem entre si pela liderança da sua aplicação».

Portugal está «à beira de um desastre» devido à «política que desde há 35 anos vira as costas à Constituição da República Portuguesa», continuou o secretário-geral do PCP, depois de várias intervenções de participantes no evento, nomeadamente o candidato das listas da CDU por Lisboa Manuel Gusmão e o artista plástico Carlos Vidal, entre outros.

A «democratização da cultura» e o «apoio à criação, produção, difusão e intercâmbio culturais como factores de emancipação» foram também advogados, constando do programa eleitoral da CDU.

Em destaque, por parte de elementos do sector de artes do espectáculo de Lisboa do PCP, esteve igualmente a alteração à Lei nº4/2008, que aprovou o regime de trabalho dos profissionais de espectáculos e estabeleceu o seu regime de segurança social, embora com acusações ao PS, PSD e CDS-PP pela «manutenção de aspectos negativos como a as situações de intermitência, a contratação a termo e as formas de reconversão profissional» nestas áreas.

«Quando hoje lutamos pela libertação dos artistas e pelo acesso de todos às artes, estamos a travar uma luta concreta que irá abrindo os caminhos para aquela terra sem amos que não esquecemos na nossa luta diária», afirmou Jerónimo de Sousa.
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