Menezes antecipa falhanço do Governo - TVI

Menezes antecipa falhanço do Governo

  • Portugal Diário
  • 8 jan 2008, 18:38

O presidente do PSD acusa ainda o executivo de José Sócrates de violar a lei

O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou esta terça-feira que o Governo não vai cumprir a promessa eleitoral de colocar a economia portuguesa a crescer três por cento em 2009.

Luís Filipe Menezes falava aos jornalistas no início de uma visita à Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém, em que teve a companhia do presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara.

O presidente do PSD defendeu que o Governo está a falhar na promoção do crescimento económico e apontou os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

«Este Governo não está a ser capaz de promover o investimento privado nem de conduzir de uma forma realista um investimento público consistente. No fundo, não está a ser capaz de fazer aquilo com que se comprometeu», disse.

«No início desta legislatura o Governo disse que no fim da legislatura estaríamos a crescer 3 por cento», lembrou o presidente do PSD. «Bom, e já sabemos que não é isso que vai acontecer», completou.

Luís Filipe Menezes sublinhou que esta é a primeira semana de Janeiro e «ficou a saber-se hoje [terça-feira] que o Banco de Portugal já está a rever em baixa o crescimento previsto pelo Governo, que não será de 2,2 mas de 2 de cento».

Segundo os «cálculos mais pessimistas do FMI (Fundo Monetário Internacional)» o crescimento da economia portuguesa será de 1,8 por cento, acrescentou Menezes.

Governo viola lei

Luís Filipe Menezes, considerou também esta terça-feira que o Governo violou a lei ao repartir em 14 parcelas os aumentos das pensões a pagar em Janeiro, que qualificou de «ridículos».

«Não se pode ao mesmo tempo construir aeroportos como o da Ota, ter investimentos megalómanos como o TGV e aumentar pensões», defendeu.

Menezes disse que quis «simbolicamente» visitar uma associação «que faz solidariedade social com bons resultados» e onde se comprometera a voltar se fosse eleito presidente do PSD para não deixar passar em branco a decisão do Governo.

«Estão em causa retroactivos quase ridículos para pensões de 400 euros, estamos a falar de aumentos de 18 ou 19 euros. Mesmo assim o Governo não cumpre a lei e não os paga aos reformados, quer pagar em prestações de 30 cêntimos, que dão para metade de um café», criticou.

O presidente do PSD questionou «como é que é possível um banco público dar 200 milhões de euros a um português para comprar acções e jogar na especulação do mercado e ao mesmo tempo não haver 19 euros para pagar a um pensionista que tem uma pensão de 400 euros».

Para o PSD, «o aumento justo das pensões é o que é realista do ponto de vista do crescimento e do desenvolvimento do país poder dar-se, certamente aproximado, como em todos os outros rendimentos dos cidadãos, do valor médio da Europa».

«Mas para isso é preciso ter o país a crescer de uma forma sólida e consistente, o que não está a acontecer», acrescentou.
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