O que Menezes vai dizer no Conselho de Estado - TVI

O que Menezes vai dizer no Conselho de Estado

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Luís Filipe Menezes não quer antecipar o que vai dizer no Conselho de Estado, mas deixa «transpirar» que não há espaço para crises políticas

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O ex-líder do PSD, Luís Filipe Menezes, disse esta quinta-feira que «seria uma enorme irresponsabilidade fomentar crises políticas», não querendo antecipar o que vai dizer no Conselho de Estado porque «já há conselheiros de Estado a emitir opiniões a mais».

À margem da inauguração da Escola dos Sentidos, em Vila Nova de Gaia, o também conselheiro de Estado Luís Filipe Menezes foi questionado pelos jornalistas sobre as expectativas que tem para a reunião de sexta-feira do órgão político de consulta do Presidente da República, tendo respondido que «por razões éticas» só vai dizer aquilo que pensa «no Conselho de Estado, à porta fechada».

«Sobre o que vou dizer no Conselho de Estado e o que espero do Conselho de Estado, não vou emitir opinião. Acho que já há conselheiros de Estado a emitir opiniões a mais», disse em declarações à Lusa.

Sobre o «pingue-pongue» na coligação do Governo, entre PSD e CDS-PP, o presidente da Câmara de Gaia disse que «não há que ter medo do pingue-pongue» porque «faz parte da vida democrática» mas considerou que «os portugueses estão fartos dessas pequenas querelas» e que esta é uma «doença antiga» em Portugal e não «uma doença deste Governo, desta coligação».

«Não há espaço para crises políticas. Seria uma enorme irresponsabilidade fomentar crises políticas», disse.

Menezes disse ainda que «o Governo tem que corrigir alguns detalhes da governação sem prejuízo daquilo que é a opção fundamental do ponto de vista estratégico ser correta, corajosa e inevitável».

«Agora algumas questões podem ser melhoradas no sentido de serem mais eficazes, por um lado, por outro lado de fazer com que os cidadãos se sintam mais envolvidos na solução», considerou.

Questionado especificamente sobre se o Governo deve ou não recuar na questão da Taxa Social Única (TSU), o conselheiro de Estado escusou-se a responder, afirmando que «já houve muita gente a fazê-lo».

Mas, subida da TSU «é inevitável. E quem for o político que quer governar o país que diga que isso não é inevitável é um mentiroso e um irresponsável. (¿) A questão é saber onde se não buscar esses sete ou oito por cento».

«Há coisas que têm que ser corrigidas e que pressupõem porventura mais sensibilidade social», o social-democrata manifestou-se muito crítico perante o facto de «mais de uma dezena de milhar de professores que trabalharam 10 anos no sistema público de ensino, de um momento para o outro sejam despedidos».
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