PDR vai recorrer da decisão que rejeita candidatura às eleições na Madeira - TVI

PDR vai recorrer da decisão que rejeita candidatura às eleições na Madeira

Inscrição do partido para as eleições terá acontecido fora do prazo estabelecido na Lei Eleitoral para Assembleia Legislativa da Madeira. PDR vai recorrer para o Tribunal Constitucional

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O Partido Democrático Republicano (PDR) vai recorrer da decisão do juiz da Comarca da Madeira que rejeitou a candidatura desta força política às eleições legislativas regionais de 29 de março, disse o mandatário regional.

«Fomos notificados dessa decisão ao final da manhã de hoje», disse à agência Lusa João Isidoro, declarando que o PDR «vai recorrer para o Tribunal Constitucional (TC)».

João Isidoro referiu que na origem da decisão do juiz da Comarca da Madeira está o facto de considerar que a inscrição do partido, que foi reconhecida pelo TC a 11 de fevereiro, aconteceu fora de prazo estabelecido na Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Madeira.

De acordo com esse diploma, tal ato deveria ter ocorrido até o dia em que foi publicado o decreto do Presidente da República a convocar o sufrágio, a 28 de janeiro.

«Vejo esta decisão do juiz da Comarca da Madeira com surpresa, pois confesso que estava à espera que validasse a lista», sublinhou o mandatário regional do PDR.

Para João Isidoro, «há mais do que uma interpretação relativamente à data em que os partidos devem estar certificados para concorrer a eleições».

«Por isso, esperava que o tribunal tivesse decidido no sentido de respeitar aquilo que é a vontade destas pessoas para disputar um ato eleitoral», adiantou o mandatário regional.

O responsável salientou que «esta é uma decisão do tribunal que o partido respeita, mas discorda e vai recorrer para o Tribunal Constitucional».

«Temos esperança que a situação seja ultrapassada», sublinhou, referindo que esta decisão pode trazer «satisfação para muitas pessoas que temem o peso eleitoral do líder do partido, Marinho e Pinto».

As eleições legislativas da Madeira foram convocadas pelo Presidente da República, Cavaco Silva, para 29 de março depois de o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, ter apresentado, a 12 de janeiro, o pedido de exoneração do cargo que ocupava desde 1978.

Na origem da decisão esteve a eleição do seu sucessor na liderança do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, que exigiu a realização de eleições antecipadas para ter legitimidade democrática para ocupar o cargo.

Na segunda-feira, no último dia do prazo, 12 forças políticas - nove partidos (PSD, CDS, BE, PND, JPP, PNR, PCPT/MRPP, MAS e PDR) e três coligações (Mudança (PS/PTP/MPT(PAN), CDU (PCP/PEV) e Plataforma de Cidadãos (PPM/PDA)) entregaram na Comarca da Madeira as listas de candidatos.
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