Líder do PSD desafia notáveis a «arrepiar caminho»

O presidente do PSD desafiou os «notáveis» que não dão a cara pelo partido a «arrepiar caminho», «arregaçar as manga» e disponibilizarem-se, nomeadamente, para ajudar a conquistar municípios nas autárquicas de 2009, noticia a Lusa.

Luís Filipe Menezes apelou aos militantes que optam pelos «pactos de gabinetes», mas que «ninguém vê» e «não têm disponibilidade» para jantares e almoços porque preferem ter os fins-de-semana «prolongados», para «arrepiar caminho».

«Têm ano e meio para arregaçar as mangas e disponibilizarem-se», nomeadamente para o combate autárquico, dando o seu nome para ajudar o partido a conquistar mais câmaras nas autárquicas do próximo ano, disse.

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«Queremos aumentar as câmara municipais, nomeadamente no distrito de Santarém, onde queremos passar de sete para 14 ou 16 (em 21). Há aqui algumas à espera dos notáveis, dos nomes conhecidos dos jornais que dariam certamente bons resultados», afirmou.

«São os dirigentes de base a pedir essa militância. É a sua última oportunidade», afirmou, garantindo ainda que serão as bases a escolher os nomes das listas para as legislativas e que «ninguém será imposto pelo aparelho».

Luís Filipe Menezes falou num jantar que reuniu cerca de 300 militantes na Chamusca e que se seguiu ao encerramento da 5ª Convenção Autárquica Social-Democrata do distrito de Santarém, que decorreu durante a tarde em Torres Novas.

O presidente do partido afirmou que aceitou o convite para se deslocar ao distrito de Santarém «à última hora» porque o PSD está em fase de «revitalização» e queria ter mais uma prova dessa «vitalidade». Inicialmente foi anunciado o encerramento da convenção pelo secretário-geral, Ribau Esteves.

Menezes afirmou que as inúmeras iniciativas em que tem participado nas últimas semanas lhe estão a revelar «uma diferença grande no partido», que já não surge aos seus olhos «mortiço e contrafeito», mas com rostos «abertos, satisfeitos, com um estado de espírito novo».

Para Menezes, «há dois portugais e porventura dois PSDs», o dos que criticam o partido e o do «povo anónimo» que «começa a acreditar que existe uma alternativa».

Pedindo um «cerrar de fileiras», o líder social-democrata assegurou que, com os milhares de militantes que o acompanham, não irá dar tréguas ao primeiro-ministro, José Sócrates, até 2009, prometendo a vitória nas três eleições que se realizam nesse ano, europeias, autárquicas e legislativas. «Tenciono ganhar em 2009. Vão ter que me aguentar até 2013», afirmou.