O Presidente de Timor-Leste pediu o apoio do chefe de Estado português para garantir a manutenção das Nações Unidas no território pelo menos até 2012, considerando essa presença «indispensável» para os timorenses criarem «alicerces de estabilidade».
«Sem essa presença será muito difícil assegurar a estabilidade no país», afirmou o Presidente timorense, José Ramos-Horta, em declarações aos jornalistas no final de um encontro com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no Palácio de Belém.
A manutenção das forças das Nações Unidas em Timor-Leste a «médio e longo prazo» foi, segundo Ramos-Horta, um dos assuntos que discutiu com Cavaco Silva no encontro que durou pouco mais de 30 minutos.
«Pedi o apoio de Portugal para garantir a presença das Nações Unidas em Timor-Leste. Embora haja vontade da ONU, e a curto prazo a presença estar garantida, a médio e longo prazo não está garantida», adiantou o Presidente de Timor-Leste.
Assinalando as melhorias registadas na «situação de paz», em parte graças ao apoio prestado pela ONU, Ramos-Horta alertou, contudo, para a dificuldade que o país irá enfrentar se as forças das Nações Unidas saírem do território, até porque ainda se está a proceder à reorganização da política timorense.
«Essa presença é indispensável para os timorenses criarem alicerces de estabilidade. Sem a presença da ONU será muito difícil», salientou.
Por isso, acrescentou, pediu ao Presidente da República para que Portugal assegure «junto da ONU e dos seus parceiros» a garantia da presença das Nações Unidas em Timor-Leste a médio prazo.
Questionado sobre qual o prazo que considera necessário que as Nações Unidas permaneçam em território timorense, Ramos-Horta disse que gostaria de ter a ONU e a GNR em Timor-Leste «pelo menos até 2012».
O Presidente de Timor-Leste está em Portugal no âmbito da VII Cimeira da CPLP, que decorre esta quinta e sexta-feira em Lisboa.
Ramos-Horta pede ajuda a Cavaco para ONU ficar em Timor
- Redação
- SM
- 24 jul 2008, 14:29
«Sem essa presença será muito difícil assegurar a estabilidade no país», afirmou o presidente timorense
Continue a ler esta notícia