São Tomé quer apoio de Portugal para adoptar euro - TVI

São Tomé quer apoio de Portugal para adoptar euro

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Primeiro-ministro pretende discutir opção de substituir a dobra pelo euro

O primeiro-ministro são-tomense, Rafael Branco, disse esta segunda-feira à Agência Lusa que pretende discutir com Portugal a perspectiva de São Tomé e Príncipe poder vir a utilizar o euro como moeda nacional, em substituição da dobra.

Rafael Branco, que falava no final de uma audiência de 45 minutos com o chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, mostrou-se esperançado em que as negociações, a decorrer nos próximos meses, permitam que o euro possa tornar-se a moeda local, sem, porém, adiantar datas.

«Acreditamos que é possível e nos próximos meses trataremos de discutir com Portugal, definir as modalidades e a conveniência de São Tomé e Príncipe, de uma forma ou doutra, ligar-se ao euro», afirmou Rafael Branco, chefe do executivo são-tomense desde Junho último.

«Cada país tem um caminho próprio e o de São Tomé e Príncipe passa pelo estreitamento das relações com Portugal e Angola e é natural que nesse quadro, no âmbito da sua inserção na economia mundial, a questão da moeda seja colocada e debatida de maneira frontal».

Isso mesmo foi falado com Cavaco Silva e será analisado mais em pormenor na audiência que Rafael Branco terá com o seu homólogo português, José Sócrates.

Salientando que o «rumo» do seu país passa pela criação de parcerias estratégicas com Angola, em África, e com Portugal, na Europa, o primeiro-ministro são-tomense frisou que essa cooperação «é fundamental» para o desenvolvimento sustentado de São Tomé e Príncipe.

Rafael Branco, salientando que o país vive grandes dificuldades económicas e financeiras, reiterou, por outro lado, que as receitas do petróleo «estão ainda muito distantes», referindo que, antes de 2014 ou 2015, o país não poderá contar com elas.

«As receitas estão distantes. Já me acusam de não querer falar do petróleo, mas não há nada a esconder. No futuro próximo não se prevêem as receitas do petróleo. Antes de 2014 ou 2015 não podemos contar com receitas significativas do petróleo».
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