Isaltino: «Vou finalmente poder falar» - TVI

Isaltino: «Vou finalmente poder falar»

Julgamento de Isaltino Morais

Autarca de Oeiras começa a ser julgado sob acusação de corrupção

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O julgamento do processo que envolve o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, teve esta quarta-feira início cerca das 10:00, depois de o autarca se ter afirmado «tranquilo» à entrada do Tribunal de Sintra, refere a Lusa.

«Da minha parte vou finalmente poder falar, é para isso que servem os tribunais. Estou tranquilo», disse aos jornalistas à porta do tribunal, onde entrou acompanhado pelo advogado, Carlos Pinto de Abreu.

Questionado sobre se esta é uma oportunidade de responder à liderança do PSD, que o afastou do partido quando estava a ser investigado e o levou a candidatar-se ao município como independente em 2005, Isaltino Morais respondeu prontamente: «Não tem nada a ver».

Apesar de o processo decorrer em Oeiras, a sessão está a realizar-se na mega-sala de audiências do Tribunal de Sintra - por decisão da juíza Paula Albuquerque, por questões logísticas -, mas o público não ultrapassa as duas dezenas de pessoas, incluindo jornalistas.

Isaltino Morais, 59 anos e ex-ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente está hoje sentado no banco dos réus para responder por um crime de participação económica em negócio, três de corrupção passiva para acto ilícito, um de branqueamento de capitais, um de abuso de poder e outro de fraude fiscal.

Segundo a acusação, o autarca, que se vai recandidatar novamente à Câmara de Oeiras, actuou com o propósito de obter benefícios (imobiliários e em numerário) quando presidiu ao executivo entre 1986 e 2002, independentemente dos interesses dos cidadãos do concelho.

O processo envolve também outros quatro arguidos, que terão beneficiado ou sido beneficiados por Isaltino Morais, através, por exemplo, da ocultação de património do autarca ou da abertura de contas no estrangeiro em nome próprio: o jornalista Fernando Trigo, acusado de um crime de participação económica e um de branqueamento de capitais, Floripes Morais de Almeida (irmã de Isaltino), que responde por um crime de branqueamento de capitais, e o promotor imobiliário João Algarvio e o empresário Mateus Marques, acusados, cada um, da autoria material na forma consumada de um crime de corrupção activa.
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