Após as audições dos partidos em São Bento, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, confirmou que o país vai entrar num novo confinamento, semelhante ao de março e abril, mas remeteu mais pormenores para a próxima semana.
Aquilo que posso dizer é que faremos um confinamento próximo daquele que existiu durante os meses de março e abril, garantindo, em princípio que não fecharemos nada que não tivesse sido fechado. A agricultura, a indústria continuará a funcionar para garantir também que nada do que são os bens essenciais dos portugueses faltarão", disse a ministra.
O detalhe, ao certo, de cada tipo de loja, de cada tipo de comércio, não vale a pena estar aqui a adiantar", remetendo mais pormenores para o decorrer da próxima semana.
A ministra salientou ainda que qualquer decisão que seja tomada terá "o maior consenso possível".
Ouviremos novamente os especialistas […] para confirmar que os dados que temos nos últimos quatro dias - números na ordem dos 10.000 casos por dia, que se confirmarão hoje - confirmam esta tendência e quais as melhores medidas, as medidas mais adequadas a tomar agora”, explicou a ministra.
Face a este aumento elevado no número de infeções – Portugal atingiu esta semana por duas vezes mais de 10.000 contágios diários –, o Governo pretende ser o mais célere possível a aprovar a renovação do estado de emergência.
O Conselho de Ministros reunir-se-á imediatamente após a aprovação por parte da Assembleia da República, e comunicaremos e tomaremos as medidas de forma a que elas se possam aplicar o mais cedo possível”, sublinhou.
Entretanto, o Governo apela à população para se resguardar e não ficar “à espera que saia o novo decreto”, relembrando que é preciso reduzir os contactos ao estritamente essencial.
Mariana Vieira da Silva referiu também que se medidas mais restritivas tivessem sido tomadas há uma semana, teriam sido tomadas “com base em informação incompleta”, razão pela qual é “fundamental ouvir na terça-feira os peritos”.
Questionada sobre a necessidade de apoios para a população na sequência de um novo confinamento geral que, à semelhança do que aconteceu em março e abril de 2020, poderá implicar o encerramento de vários setores de atividade, a ministra respondeu que “desde o início o Governo tem respondido com novas medidas”.
Uma coisa é procurar sempre melhorar a qualidade e capacidade de foco dos apoios. Outra coisa é dizermos que não tem havido apoios”, continuou a governante socialistas, elencando, de seguida, vários apoios, como, por exemplo, o ‘lay-off’ simplificado e o apoio à retoma.