Camarate: PSD vai apresentar proposta para nova comissão de inquérito

A direcção do grupo parlamentar do PSD decidiu propor a constituição de uma nova comissão parlamentar de inquérito ao caso Camarate, disse à agência Lusa o líder da bancada, Miguel Macedo.

«Tomámos essa decisão, vamos ter um texto próprio, que ainda falta fazer», declarou Miguel Macedo, no Parlamento.

Sobre a possibilidade de haver uma proposta conjunta de vários partidos, o líder parlamentar frisou que a hipótese não está posta de parte.

«Pode haver um consenso depois, os textos podem ser depois uma base de trabalho, mas vamos ter um texto próprio», vincou.

O oitavo inquérito parlamentar concluiu em 2004 pela tese de atentado na investigação à queda do avião que matou, em 1980, o então primeiro-ministro Sá Carneiro e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa.

No sábado passado, o líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou que iria propor aos restantes partidos no Parlamento a criação de uma nova comissão de inquérito e que gostaria de consensualizar o texto «com todos».

Na mesma altura, questionado pelos jornalistas sobre a intenção do CDS-PP, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, manifestou-se receptivo a «uma decisão consensual entre os partidos». «Em princípio, durante a próxima semana, tomaremos uma decisão sobre essa matéria, mas será, com certeza, uma decisão consensual entre os partidos», declarou.

Entretanto, a direcção da bancada do PS decidiu que assumirá uma «posição de abertura» caso seja proposta a constituição de uma nova comissão parlamentar de inquérito ao caso Camarate, mas ainda não foi contactada sobre essa possibilidade por qualquer partido, disse à Lusa fonte da direcção da bancada.

Esta decisão foi anunciada após o fundador do CDS-PP Freitas do Amaral, ter apelado, na segunda-feira passada, aos partidos para que reabrissem a investigação ao caso Camarate.

O oitavo inquérito parlamentar concluiu em 2004 pela tese de atentado na investigação à queda do avião que matou, em 1980, o então primeiro-ministro Sá Carneiro e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa.