«Não se justifica dissolver a Assembleia» - TVI

«Não se justifica dissolver a Assembleia»

Cavaco Silva

PS, PCP e Bloco consideram que não há motivo para Cavaco "activar a bomba atómica"

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O líder da bancada do PS, Alberto Martins, considerou «não fazer sentido» a hipótese do Presidente da República dissolver o Parlamento, considerando que está a existir «um dramatismo excessivo» à volta do Estatuto Político-Administrativo dos Açores.

«Não faz sentido», afirmou Alberto Martins, em declarações aos jornalistas à saída do plenário da Assembleia da República, quando instado a comentar as declarações do ex-Presidente da República Ramalho Eanes.

«Se não fosse a crise, Cavaco devia considerar dissolver o Parlamento»

Alberto Martins adiantou ainda que existe apenas uma «leitura política diferente» entre o PS e o Presidente da República, em relação a duas normas do Estatuto Político-Administrativo. «Há apenas uma divergência em dois artigos», sublinhou.

«Dissolução não tem sentido»

O líder do BE, Francisco Louçã, considerou que «não tem sentido nenhum» a hipótese do Presidente da República dissolver o Parlamento, defendendo «que haja bom senso» nesta matéria.

«Não tem sentido nenhum, é uma guerra do Alecrim e da Manjerona», afirmou Francisco Louçã, quando questionado sobre as declarações do ex-Presidente da República Ramalho Eanes.

«Se ele [Ramalho Eanes] quer uma nova batalha campal sobre esta matéria, eu prefiro que haja bom senso», salientou.

«Não há motivo suficiente»

«Só no quadro do comprometimento do funcionamento das instituições é que a questão se coloca», afirmou Jerónimo de Sousa, quando instado a comentar as declarações do ex-Presidente da República Ramalho Eanes.

Questionado sobre as palavras de Ramalho Eanes, o secretário-geral comunista defendeu que, de momento, a questão da dissolução do Parlamento «não se coloca».

Além disso, acrescentou, o PCP não vê que seja «motivo suficiente» para a dissolução da Assembleia da República «qualquer encaixe com objectivos eleitorais».

«Não vou adensar um clima que é grave»

O deputado do PSD Pedro Santana Lopes disse que não quer contribuir para «adensar um clima que é grave», escusando-se a comentar as declarações de Ramalho Eanes sobre a hipótese do Presidente da República dissolver o Parlamento.

«O Presidente da República, depois da votação fará o que entender», acrescentou Santana Lopes, que falava aos jornalistas à entrada do plenário da Assembleia da República.
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