Paulo Portas considera que é «surpreendente» e «pouco natural» que as alterações ao memorando da troika não tenham sido comunicadas pelo Governo ao CDS-PP.
«É no mínimo surpreendente que o segundo texto não tenha chegado ao nosso conhecimento através do Governo. É pouco natural que o texto alterado não nos tenha sido comunicado», afirmou, aos jornalistas, durante um jantar em Leiria.
Em «cerca de 20 alterações detectadas» pelos dirigentes do CDS-PP que compararam as duas versões «ao detalhe», o líder democrata-cristão só destacou uma.
«Na primeira versão, está previsto que possam aparecer novas empresas de telemóveis, o que beneficiaria a concorrência e poderia baixar os preços para o consumidor. Na segunda, desapareceram as palavras novas empresas, o que pode, ou não, apontar para um leilão de licenças entre empresas que já estão no mercado», explicou.
Portas considera que só esta alteração pode ser «de substância», mas dá a entender que a assinatura do memorando não está comprometida pela parte do CDS, porque «é preciso evitar que o país declare insolvência».
O partido já exigiu uma «explicação cabal» ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira.
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Alterações troika: «É pouco natural»
- Catarina Pereira
- 27 mai 2011, 21:54
Paulo Portas exige explicações ao Governo sobre mudanças no memorando assinado com a troika. E dá a entender que o compromisso não está em risco
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