Portas: congelamento de reformas foi pelo «interesse geral» - TVI

Portas: congelamento de reformas foi pelo «interesse geral»

Paulo Portas

Líder do CDS defende que se «espiral» continuasse haveria «um rombo nas contas da Segurança Social»

Relacionados
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu este sábado que o Governo «cuidou do interesse geral» ao congelar as reformas antecipadas, porque se essa «espiral» continuasse haveria «um rombo nas contas da Segurança Social» este ano, noticia a Lusa.

Em declarações aos jornalistas no final do Conselho Nacional do CDS-PP, que se prolongou por mais de três horas, Paulo Portas disse que o Governo teve de «tomar um conjunto de medidas que não sendo agradáveis são as que defendem a sustentabilidade das contas da Segurança Social este ano».

O presidente centrista afirmou que as queixas «individuais» contra esta medida são «legítimas» mas sublinhou que «alguém tem de cuidar da soma de todas partes» e do «interesse geral».

«Os números são indesmentíveis, se continuasse a espiral das reformas antecipadas isso significaria um rombo nas contas da Segurança Social e isso não era possível nem sustentável, portanto acho que o Governo fez o que tinha a fazer», sustentou.

Já sobre a reforma da Segurança Social, Portas defendeu que «deve ser tratada no momento próprio», lembrando no entanto «que consta do programa de Governo».

O também ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros assinalou ainda que em termos de execução orçamental «o que é essencial e importante é que o nível de défice no primeiro trimestre que estava comprometido entre Portugal e o chamado triunvirato foi cumprido».

«Até digo mais, estamos abaixo, o que é um sinal positivo do compromisso que tinha sido assumido, o que significa saber controlar com rigor as contas», advogou.

Portas apontou 2012 como «o ano mais difícil» e sublinhou que «o que é essencial é preparar o nosso país para que do ponto de vista económico em 2013 possamos não viver um período recessivo e começar a ter uma economia que cresça e gere emprego».

«Num país com 900 anos de História estar a semanas de uma bancarrota como sucedia em abril de 2011 implicou esse pedido de ajuda externa, para nos emprestarem dinheiro foi preciso assinar um conjunto de compromissos e uma de duas, ou os cumprimos ou vacilamos, se cumprimos recuperamos a nossa autonomia e credibilidade, se vacilássemos iríamos certamente para pior», concluiu.
Continue a ler esta notícia

Relacionados