Portas critica "aves agoirentas que tentam puxar o país para baixo" - TVI

Portas critica "aves agoirentas que tentam puxar o país para baixo"

Vice-primeiro-ministro sublinhou que os números do desemprego confirmam uma trajetória positiva e "de descida pronunciada"

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O vice-primeiro-ministro Paulo Portas disse que "hoje é um dia com esperança" e sublinhou que os números do desemprego confirmam uma trajetória positiva e "de descida pronunciada", criticando as "aves agoirentas que tentam puxar o país para baixo". Delcarações feitas à margem da cerimónia de apresentação da Missão Continente, que decorreu em Lisboa.

"Hoje é um dia com esperança, saíram os últimos números do desemprego que eu acho que são reveladores de uma trajetória positiva. O último número que era conhecido era 13,5%, o número que foi conhecido este mês era 13%."


O governante frisou que, "mesmo com qualquer retificação estatística", "a descida é pronunciada" e que, face há um ano, significa menos 90 mil pessoas no desemprego e, ao início de 2015, representa menos 36 mil pessoas.

Destacou ainda que, em abril, a economia portuguesa gerou sobretudo oportunidades de emprego para jovens e mulheres.

"Considero que este dia é particularmente importante, porque há um conjunto de aves agoirentas que estão sempre a puxar o país para baixo. Todos soubemos, todos sabemos que Portugal viveu uma bancarrota, foi entregue às mãos dos credores, teve uma recessão duríssima, mas os portugueses conseguiram felizmente superar isso."


Foi "com satisfação, mas com sensibilidade", que Paulo Portas falou dos dados do desemprego, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)
, deixando uma palavra àqueles que ainda estão desempregados.

"A trajetória está certa e já houve muita gente a conseguir uma oportunidade. Para aqueles 13% que ainda estão no desemprego, este indicador macro ainda não chegou a suas casas, mas o facto de a economia portuguesa estar a gerar emprego mês após mês é um fator de esperança e de que temos de fazer mais e vamos fazer mais."


Lembrou, a este propósito, que Portugal "chegou a ter o desemprego, depois da bancarrota e da recessão, em 18%, depois desceu para 17%, depois para 16%, depois para 15%, depois para 14% e agora para 13%".

O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, também comentou os números divulgados, afirmando que a redução é um “dado positivo” e “uma boa notícia” para muitos portugueses.

A taxa de desemprego de 13,0% em abril compara, em termos homólogos, com os 14,6% de abril de 2014.

Conforme nota o INE, em março de 2015 a taxa de desemprego não ajustada de sazonalidade foi de 13,4%, tendo diminuído 0,5 p.p. face ao mês anterior, sendo que em fevereiro de 2015 a taxa de desemprego também tinha diminuído (0,2 p.p.), após um período de quatro meses de acréscimos consecutivos, de outubro de 2014 a janeiro de 2015.

Em abril de 2015, a estimativa provisória da taxa de desemprego não ajustada de sazonalidade foi de 13,0%, tendo diminuído 0,4 p.p. face ao mês anterior e 1,6 p.p. relativamente a abril de 2014.

A taxa de desemprego em abril recuou 0,2 pontos percentuais (p. p.) face a março, para 13,0%, segundo a estimativa mensal divulgada
, esta terça-feira, pelo INE.

Segundo o instituto estatístico, a estimativa provisória da população desempregada para abril é de 667,8 mil pessoas, o que representa um decréscimo de 1,6% face ao valor definitivo obtido para março (menos 10,7 mil pessoas).

Já a estimativa provisória da população empregada é de 4.486,3 mil pessoas, mais 0,5% do que no mês anterior (mais 22,1 mil pessoas).

Nestas estimativas foi considerada a população dos 15 aos 74 anos e os valores foram previamente ajustados de sazonalidade.
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