Portas quer compensar trabalhadores mais produtivos - TVI

Portas quer compensar trabalhadores mais produtivos

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Líder do CDS-PP considera que assim, em Portugal, será «vantajoso trabalhar mais»

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O líder do CDS-PP, Paulo Portas defendeu este domingo, em Almada, uma compensação salarial para os trabalhadores que contribuam para o aumento da produtividade das suas empresas, para que em Portugal «seja vantajoso trabalhar mais».

Paulo Portas falou à Lusa em Almada, à margem de um almoço comemorativo do 1º de Maio com militantes do partido.

A propósito do Dia do Trabalhador, o líder do CDS sublinhou a necessidade de Portugal melhorar a sua produtividade: «Portugal tem três quartos da média salarial da União Europeia (UE), [e tem também] três quartos da produtividade média da UE. Se não melhorarmos a produtividade, não conseguimos melhorar os níveis salariais», afirmou.

Na perspectiva do CDS-PP, é preciso que «em Portugal seja vantajoso trabalhar melhor ou trabalhar mais, ou querer contribuir para a produtividade de uma empresa».

Assim, argumentou, «quando uma empresa tem ganhos de produtividade, a parcela desses ganhos que é devida ao factor trabalho deve poder chegar ao trabalhador como uma compensação ou um suplemento salarial». «Sou favorável a uma mais justa repartição da riqueza criada», terminou.

Quanto à promessa de não cortar mais salários nem fazer mais despedimentos, feita pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas afirmou que «não comenta programas eleitorais que não conhece».

Paulo Portas defendeu ainda «uma versão mais aligeirada, menos burocrática, menos conflitual e com menos procedimentos do Código de Trabalho para as micro, médias e pequenas empresas, de modo a facilitar a relação entre a empresa e o trabalhador e a contratação».

O líder do partido considerou ainda que «uma das primeiras medidas que o próximo Governo deve tomar é facilitar a contratação», tornando possível, sugeriu, a renovação dos contratos a termo.

«Este ano terminam 200 mil contratos a termo. A lei proíbe a sua renovação. Se não foi possível renovar e contratar a termo esses trabalhadores eles são atirados para o desemprego ou para falsos recibos verdes», argumentou.

O democrata-cristão considerou que «não se deve sacrificar a realidade por razões ideológicas»: «Essas pessoas precisam da oportunidade de continuar a trabalhar e as empresas precisam de ter a oportunidade de as continuar a contratar. É uma medida simples e que se justifica em tempo de recessão», acrescentou.

Relativamente ao desemprego entre os jovens, o líder do CDS-PP defendeu que as Universidades devem passar a ser obrigadas a informar os alunos que aí se inscrevem sobre o «índice de empregabilidade» do curso em questão.
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