A Comissão Concelhia de Leiria do PCP contestou hoje os atrasos das obras do Programa Polis, acusando o Governo e a Câmara (PSD) de falta de vontade política para concretizar os projectos.
Um comunicado daquela estrutura partidária denuncia os atrasos na aprovação dos planos de pormenor e a oportunidade de construção de um parque de estacionamento no Largo de Infantaria 7, num momento em que outro equipamento do género a ser construído e a zona desportiva está sujeita a várias intervenções para o Euro 2004.
A construção do parque subterrâneo "resultou mais da necessidade de dar resposta à escandalosa situação de inoperância em que mergulhou o Polis de Leiria do que da exigência de uma intervenção devidamente programada e calendarizada", acusam os comunistas.
Na sua opinião, o que já foi um "programa promissor e proveitoso de requalificação urbana e ambiental" está transformado numa questão de "duvidosa prioridade e num calvário para as populações" devido ao seu "irresponsável arrastamento e descoordenação do seu programa de execução".
Para os comunistas, a falta de oportunidade de construção do actual parque revela uma "preocupante falta de respeito em relação à vida das pessoas".
O PCP atribui aqueles problemas a um "efectivo boicote financeiro do Governo do PSD ao projecto e a própria falta de vontade no financiamento da sua parte".
"Não é bom indício que as únicas obras a executar sejam as que vão ser exploradas por privados", notam os comunistas de Leiria, que criticam ainda o ritmo de construção do parque de estacionamento.
"Três semanas após o encerramento ao trânsito do largo de Infantaria 7 as obras praticamente não começaram", acusam os comunistas, que denunciam um conjunto de irregularidades processuais na gestão do Polis de Leiria.
"É grave que, de forma ostensiva, se iluda o cumprimento das obrigações legais" que obrigam à "apresentação de relatórios trimestrais e anuais e a uma informação sobre os concursos públicos".
Quanto ao Plano Estratégico para Leiria, o PCP lamentou os atrasos dos planos de pormenor da área de intervenção que ainda não foram colocados em discussão pública, dois anos e meio depois da data que o organigrama do Polis estabelecia.
"É incompreensível que se avance na concretização de projectos, sem que os respectivos planos tenham sido aprovados pelo órgão municipal competente - a Assembleia Municipal", diz o comunicado.
Atrasos do Polis de Leiria
- Portugal Diário
- 18 nov 2005, 14:03
PCP contesta atrasos e critica falta de vontade política do PSD
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