Isto não tem nada de estranho. É uma tentativa canhestra de influenciar as eleições em Portugal, procurando garantir a continuação da política direita, quer seja pela coligação PSD-CDS, quer seja pelo PS”, disse ao telefone Agostinho Lopes, do comité central do PCP.
Agostinho Lopes considerou ainda como “estranho” que esta subida de rating tenha acontecido “depois da total degradação do quadro económico do país”, da saída de "500 mil pessoas da nossa mão de obra jovem e qualificada" e com uma dívida mais elevada do que quando a mesma agência colocou a notação no nível “lixo”.
Esta nova notação que nos passa de lixo para lixo menos tem tanta importância e credibilidade como a avaliação de conjuntura que vai sendo feita pelo dr. Paulo Portas, que é zero”, disse Agostinho Lopes.
Para o membro do comité central do PCP não há dúvidas que esta é “claramente uma tentativa de intervir também na campanha eleitoral” e deixou uma questão no ar sobre o decisão da agência de notação: “Só falta saber se foi a pedido de alguém”.