Garcia Pereira: «Se não quiserem debater, digam ao povo» - TVI

Garcia Pereira: «Se não quiserem debater, digam ao povo»

Garcia Pereira

Cabeça-de-lista do PCTP/MRPP por Lisboa imagina que debates televisivos não vão acontecer e justifica que os cinco partidos parlamentares não teriam capacidade para um frente-a-frente com eles

Garcia Pereira continua intransigente na vontade de realizar debates com os cinco partidos parlamentares. O rosto do PCTP/MRPP diz que não soube mais nada sobre possibilidade de discutir com os restantes líderes, lembra que «o tempo está a passar» e adianta que «esse é um problema de quem violou ostensivamente a lei». «O tribunal proferiu uma decisão justa e democrática. Se há pouco tempo, problema das televisões.»



Paulo Portas já veio dizer, por exemplo, que gostava muito de debater com Garcia Pereira, mas que não tem tempo para isso. «Estamos a aperceber-nos, por informações que nos chegam, que as televisões e os cinco partidos estão a entender-se para inviabilizar os debates, mas nós não abdicaremos deles», sublinha. «Se os cinco partidos não quiserem debater, terão de assumir perante o povo português isso mesmo.»

A luta continua quando Garcia Pereira vai na rua

O argumento de falta de tempo, de resto, não convence Garcia Pereira. «No dia 20 de Abril dirigi uma carta aos cinco líderes a questioná-los dos debates. Dos cinco, apenas dois responderam: o PCP respondeu no dia seguinte a dizer que este modelo tinha sido imposto pelas televisões, o PSD demorou nove dias a responder e invocou que não havia hipótese de resolver a questão. BE, CDS e PS nem se dignaram a responder.»

Ora por isso, e embora insista que não abdica deles, percebe-se que Garcia Pereira adivinha que os debates dificilmente acontecerão. Até porque os partidos têm o direito de recusar. Nesse sentido, o cabeça-de-lista do PCTP/MRPP por Lisboa insiste que os cinco estão com receio. «Imagine um debate em directo em que o representante do PCTP/MRPP dissesse na cara de José Sócrates o que ninguém teve a coragem de dizer.»

«Compreendo que os cinco partidos não queiram debater, porque eles sabem que não aguentariam um debate com o PCTP/MRPP. Chamaríamos a esses partidos pelos nomes que têm de ser chamados, em particular ao PS e ao PSD: seriam chamados de partidos de traição nacional, que venderam o país a retalho, que mentiram ao povo português e que conduziram o país à situação em que ele se encontra», finalizou.
Continue a ler esta notícia