O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, deixou claro este sábado, em Pombal, que se o partido perder as eleições autárquicas deste ano não se demitirá do cargo de primeiro-ministro, como aconteceu com o socialista António Guterres.
«As próximas eleições não vão ser aquilo que tanta gente gostaria que fosse, uma espécie de pântano e de antecâmara do colapso nacional. Enquanto for primeiro-ministro não há situações de pântano em Portugal», afirmou, no 39.º aniversário dos sociais-democratas.
Num discurso de mais de 40 minutos, Passos Coelho salientou que a sua obrigação, aconteça o que acontecer nas autárquicas, «é de governar e de trazer o PSD para um exercício de responsabilidade».
«Espero que o PSD possa este ano ter um grande resultado e sei que estamos todos a trabalhar para que isso possa a acontecer, mas sei também que aconteça o que acontecer vamos continuar a ser um grande partido das autarquias locais», disse o dirigente.
Na sua intervenção, o líder laranja não quis valorizar as diferenças entre os dois partidos de governação, mas procurou realçar aquilo que tem aproximado PSD e CDS na procura diária de «encontrar as melhores soluções para o país».
«Este Governo não teria sido possível e o combate que estamos a fazer pelo país não seria bem sucedido sem o empenho do nosso parceiro de coligação, e acreditem que trabalhamos intensamente todos os dias para conseguir as melhores soluções», garantiu.
«Quero enviar um abraço caloroso e solidário para o nosso parceiro de coligação que, neste tempo tão desafiante, aceitou connosco voltar a página da história, conseguindo ultrapassar os erros acumulados de muitos anos de socialismo e apresentar aos portugueses um futuro com mais oportunidades, emprego mais sustentado e um país mais aberto e progressista», considerou.
Passos não se demite se PSD perder autárquicas
- Redação
- CM
- 4 mai 2013, 17:57
«Enquanto for primeiro-ministro não há situações de pântano em Portugal», afirmou no 39.º aniversário do partido
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