O presidente da Câmara de Pombal, Narciso Mota, revelou esta sexta-feira que tenciona impugnar judicialmente a avaliação de impacto ambiental do troço ferroviário de Alta Velocidade entre a Ota e Coimbra, contestando as conclusões do estudo, escreve a Lusa.
«Não concordamos com um TGV entre Porto e Lisboa porque há mais onde se gastar dinheiro» mas se, «mesmo assim», o Governo insistir nesta solução «então a linha deve minimizar os impactos junto das casas e das populações», afirmou Narciso Mota.
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A Agência Portuguesa de Ambiente já se pronunciou favoravelmente pelo traçado mais a oeste na zona mas, apesar disso, a Câmara de Pombal não se conforma, denunciando aquilo que considera ser um «atentado contra as pessoas» da região.
Em causa está o facto da linha dividir povoações, atingir zonas protegidas e impedir o ordenamento estratégico de alguns concelhos.
Inicialmente técnicos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro emitiram um parecer desfavorável sobre todos os traçados mas, segundo uma notícia avançada pela SIC, o vice-presidente daquela estrutura afastou-os e emitiu um novo parecer favorável ao troço que foi agora escolhido.
A situação causou um mal-estar dentro da CCDR e agora o presidente da Câmara de Pombal quer que o caso seja «totalmente esclarecido» porque «todos os técnicos sabem que a linha vai trazer mais prejuízos do que vantagens».
Nesse sentido, a autarquia vai avaliar a possibilidade de interpor uma acção que impugne o processo, acrescentou o autarca, que questiona a estratégia do Governo.
«Não faz sentido um TGV para parar três vezes entre Lisboa e Porto quando o que é preciso é investir na modernização da linha do Oeste e do Norte», desabafou Narciso Mota.
TGV: autarca ameaça com impugnação
- Portugal Diário
- 1 fev 2008, 15:35
Agência de Ambiente pronunciou-se favoravelmente pelo traçado mais a oeste na zona
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