Terceira Travessia do Tejo «analisada» - TVI

Terceira Travessia do Tejo «analisada»

  • Portugal Diário
  • 24 jan 2008, 20:58
Porto de Lisboa [imagem do site do Porto de Lisboa]

José Manuel Viegas, co-autor do estudo da CIP, vai analisar elementos técnicos da RAVE

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O co-autor do estudo da CIP, José Manuel Viegas, recebeu esta quinta-feira da Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE) um «conjunto de elementos técnicos» sobre a terceira travessia do Tejo, que vai analisar para apresentar uma proposta de trabalho conjunta, escreve a Lusa.

José Manuel Viegas reuniu-se esta tarde com a RAVE para uma primeira sessão de trabalho sobre a localização da terceira travessia do Tejo.

Travessia Beato-Montijo deve ser estudada

«É o fim do porto de Lisboa»

Em cima da mesa estão duas opções: a construção no eixo Chelas-Barreiro, confirmada pelo Governo, e construção no eixo Beato-Montijo, defendida por Viegas no estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) sobre o novo aeroporto.

Analisar para fazer sugestão

«A reunião correu muito bem. Recebi um conjunto de elementos técnicos sobre as duas pontes que vou analisar em pormenor para depois fazer uma sugestão», disse à agência Lusa José Manuel Viegas.

«Vou olhar para isto [elementos técnicos] para ver como é que podemos avançar», afirmou, acrescentando que «ainda não há data prevista para a próxima reunião».

Contactada pela Lusa, fonte oficial da RAVE, escusou-se a adiantar pormenores sobre o encontro, afirmando apenas que se tratou «de uma reunião de trabalho normal».

No entanto, na quarta-feira, o presidente da RAVE, Luís Pardal, disse a construção da travessia no eixo Chelas-Barreiro «não está em aberto» e que uma ponte entre o Beato e o Montijo «não satisfaz os objectivos ferroviários» para que foi originalmente pensada.

1.700 milhões de euros

A construção da terceira travessia do Tejo no eixo Chelas-Barreiro custará 1.700 milhões de euros, dos quais 600 milhões serão para a alta velocidade e 500 milhões para o tabuleiro rodoviário.

A ponte terá duas vias para a alta velocidade, duas para a rede convencional e duas vias laterais com três faixas cada uma para o tráfego rodoviário.

Esta travessia, que terá uma extensão de 13 quilómetros, sete dos quais sobre o rio Tejo, permitirá cumprir o tempo de 02:45 na ligação em alta velocidade a Madrid.

Por outro lado, a nova ponte permitirá completar a ligação da cintura urbana de Lisboa, dando resposta às necessidades da margem Sul, além de colmatar as restrições de carga existentes na ponte 25 de Abril.

Por seu turno, a construção da terceira travessia do Tejo no eixo Beato-Montijo, exclusivamente ferroviária, está orçada em 1.150 milhões de euros.

Dotada de quatro vias, duas em bitola ibérica para os comboios suburbanos e duas em bitola europeia para servir a alta velocidade, esta travessia no eixo Beato-Montijo seria complementada por outra mais pequena, com 1,8 quilómetros, destinada a assegurar a ligação do serviço suburbano à linha do Barreiro, assegurando a ligação à linha de bitola ibérica em direcção ao Pinhal Novo.

Esta travessia rodo-ferroviária entre o Montijo e o Barreiro está orçada em 100 milhões de euros.

Para o tráfego rodoviário, o estudo da CIP propõe a construção de uma nova travessia rodoviária sobre o rio Tejo, entre Algés e a Trafaria, que também poderia ser efectuada através de um túnel imerso, e que teria uma portagem de 1,50 euros.
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