Bairro do Aleixo: BE critica «sórdido negócio imobiliário» - TVI

Bairro do Aleixo: BE critica «sórdido negócio imobiliário»

Bloquistas afirmam que «combate à droga não se faz com uso de explosivos»

O BE alertou esta sexta-feira que o «combate à droga não se faz com uso de explosivos» e criticou a demolição da torre 4 do bairro do Aleixo, acusando a Câmara do Porto de apoiar «um sórdido negócio imobiliário».

«O tráfico de droga infernizou a vida de muitas pessoas do bairro do Aleixo. Mas os poderes públicos, a começar pela Câmara, deixaram os moradores completamente abandonados. E o combate à droga não se faz com uso de explosivos. Na demolição em curso, o que motiva o executivo não é melhorar a vida dos moradores. O que faz correr Rui Rio e a coligação PSD/CDS-PP é o apoio a um negócio imobiliário em que alguém ganhará mais de 30 milhões de euros», alerta, em comunicado, a concelhia do Porto do BE.

De acordo com os bloquistas, PSD e CDS/PP «devem uma explicação à cidade sobre o sórdido negócio do Aleixo», porque «as pessoas não podem ser joguetes em operações de propaganda partidária».

«[As pessoas] podem ser humilhadas, condenadas a uma espécie de deportação, forçadas a ir para outras habitações. A ganância imobiliária manda muito no país e nesta cidade», acrescenta a nota de imprensa, cujo título é «Fim aos negócios sórdidos no Imobiliário».

O BE avisa ainda que a «operação urbanística em curso não tem direito a apoios financeiros do Estado», porque «demolição não é reabilitação».

«Mas o poder imobiliário é imenso, a expectativa de ganhos de muitos milhões de euros fez o resto: o ministério das Finanças fechou os olhos à notória falta de legitimidade do fundo imobiliário Invesurb para receber milhares de euros do Estado e o processo seguiu em frente», acusam os bloquistas.

A torre 4 do bairro do Aleixo foi demolida por implosão, às 11:13, numa operação que envolveu mais de 300 operacionais e obrigou a retirar 410 pessoas do perímetro de segurança.
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