PP quer vacina infantil comparticipada - TVI

PP quer vacina infantil comparticipada

  • Portugal Diário
  • 19 mar 2008, 08:09
teresa caeiro

Proposta apresentada no debate quinzenal com PM sobre a saúde

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O CDS-PP propõe esta quarta-feira no Parlamento que a vacina «Prevenar» seja incluída no Plano Nacional de Vacinação para crianças até aos 2 anos e um plano especial de recuperação de listas de espera para primeira consulta de especialidade, refere a Lusa.

O anúncio da apresentação destes dois projectos de resolução do CDS-PP foi feito pela deputada Teresa Caeiro.

A sua apresentação na Assembleia da República coincide com o debate quinzenal do primeiro-ministro, José Sócrates, centrado na política da saúde.

Sobre a vacina, de sete valências, a deputada destacou que ela é amplamente reconhecida pelos pediatras como «muito eficaz» para imunizar crianças até aos 2 anos de várias infecções que vão desde a meningite, septicemia, problemas respiratórios e otites entre outras.

Vacina: cada dose custa 75 euros

Administrada em três doses, no valor unitário de 75 euros cada, esta vacina, «cara», como reconheceu, não está incluída no Plano Nacional de Vacinação, não tendo por isso qualquer comparticipação do Estado.

«Em nosso entender, isto é muito injusto. A protecção da criança fica dependente dos rendimentos da família, o que é inadmissível», salientou.

A deputada do CDS-PP assinalou que o seu partido, «numa lógica construtiva e positiva» irá propor ao Governo que desde já inicie de «forma faseada» um sistema de comparticipação da vacina que pode começar no escalão C - a 40 por cento - passando depois para o B - 70 por cento - e finalmente ao A - 95 por cento.

«Tem é que se dar um passo para ultrapassar esta injustiça», insistiu, lembrando que uma vacina é sempre melhor do que o tratamento.

Recuperação das listas de espera

O CDS-PP vai também propor hoje a José Sócrates que o Governo inicie um plano especial de recuperação das listas de espera para primeira consulta de especialidade, à semelhança do que já acontece com as listas de espera para cirurgia.

Teresa Caeiro lembrou, a propósito, que a nova ministra da Saúde, Ana Jorge, admitiu que há 400 mil portugueses na lista de espera para primeira consulta de especialidade, número que considerou «intolerável».

«É inaceitável que se esteja três anos à espera de uma consulta de oftalmologia», insurgiu-se, considerando este tempo «terceiro-mundista».

Teresa Caeiro criticou o Governo de José Sócrates por «nada ter feito» nestes três anos para recuperar esta lista de espera: 98 mil pessoas para consulta de oftalmologia, 46 mil para otorrinolaringologia, 32 mil para cirurgia geral, cerca de 31 mil para ortopedia, 18 mil para cardiologia . . .

A solução passa, segundo a deputada, por o Estado estabelecer um prazo clinicamente aceitável consoante a especialidade e o tipo de patologia e, findo esse prazo, encaminhar o utente para o sector privado ou social (Misericórdias) com o devido cheque, tal como já se faz para as cirurgias.
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