Crescimento do PIB: as reações dos partidos - TVI

Crescimento do PIB: as reações dos partidos

  • Redação
  • SS - notícia atualizada às 18:23
  • 13 fev 2015, 15:33

BE e PCP desvalorizam crescimento enquanto CDS-PP fala em «ano de viragem»

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O BE sublinhou esta sexta-feira que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) está abaixo das previsões do Governo, é «pouco sustentado» e não merece «grande entusiasmo», porque revela «uma economia que continua aos solavancos».

«Este crescimento do PIB tem muito que se lhe diga, a começar porque não é propriamente um grande crescimento do PIB, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) dizem que se compararmos o último trimestre de 2014 com o trimestre equivalente de 2013 a economia desacelera em termos de crescimento, se compararmos o quarto trimestre com o terceiro trimestre acelera duas décimas», afirmou a bloquista Mariana Mortágua.

A deputada do BE referiu que «no cômputo geral do ano cresce abaixo das previsões do Governo e muito abaixo das previsões que vinham no memorando da troika» e demonstram «um crescimento muito baseado no consumo interno», com um contributo líquido das exportações que «continua a ser negativo».

«Muito ao contrário do que o ministro da Economia e o primeiro-ministro vêm dizer que temos um processo sustentado de crescimento e uma retoma económica, o que os dados mostram é que a economia portuguesa anda aos solavancos, no mês em que as exportações por acaso conseguem dar um contributo maior o PIB cresce mais uma décima, basta haver um problema nas exportações desce outra vez», apontou.

«Temos uma economia que de facto não arranca, que continua aos solavancos, não temos nem uma reforma do tecido produtivo, nem temos um arranque do consumo e do investimento por causa da austeridade. Sem grande entusiasmo, os dados económicos vêm refletindo o que já aconteceu no passado, uma economia aos solavancos», insistiu Mariana Mortágua.

O PCP considerou que a estimativa significa «um crescimento rastejante do PIB numa economia próxima da estagnação».

«(Os dados) confirmam que o quarto trimestre do ano foi o pior de 2014», notando ainda os responsáveis comunistas que, segundo o INE, «a desaceleração deveu-se a um maior abrandamento da procura interna e, em especial, do consumo privado», lê-se em comunicado.

Para o PCP, a estimativa anual de um crescimento de 0,9% do PIB, «inferior à última estimativa do Governo», como previa o Orçamento do Estado (1%), «não só é insuficiente para compensar a enorme quebra registada desde a assinatura do pacto de agressão (acordo com a ‘troika'), como nem sequer compensa a queda registada no PIB em 2013, que foi de -1,4%».

«Evolução tão mais inexpressiva quanto o facto de o PIB ter caído em termos acumulados 6,6%, de 2009 a 2014. Estes dados revelam que o indispensável crescimento económico de que o país precisa exige a ruptura com os constrangimentos e opções da política de direita e do processo de integração capitalista europeu», defendem os comunistas.

Já do lado do CDS, Nuno Magalhães afirmou que a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma que 2014 foi «um ano de viragem» e antecipa «uma trajetória de crescimento» em 2015.

«Estes dados vão ao encontro do que o CDS sempre disse, que 2014 era um ano de viragem, em que terminaríamos o programa de assistência no prazo e no momento certos e ao mesmo tempo o ano em que Portugal começaria a crescer», afirmou o dirigente centrista no parlamento.

Na opinião de Nuno Magalhães, os dados do INE «vêm confirmar que Portugal ao fim de quatro anos volta a crescer» e «fá-lo em coerência com a média da União Europeia».

O deputado do CDS-PP considerou ainda que o facto de «o último trimestre de 2014 ser aquele em que se cresceu mais» é «um bom sinal para 2015».

«Cremos que 2015 vai ser um ano em que Portugal vai continuar esta trajetória de crescimento para que possa criar emprego e com isso continuar o percurso de descida do desemprego,a maior fratura social do país», declarou.

O Produto Interno Bruto (PIB) registou um aumento homólogo de 0,7% no quarto trimestre de 2014 e de 0,9% no conjunto do ano passado, segundo a estimativa rápida do INE, esta sexta-feira divulgada.

No terceiro trimestre do ano passado, o PIB tinha registado um aumento homólogo superior, de 1,1%.

A estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) fica aquém das previsões do Governo que, no Orçamento do Estado para 2015 (OE2015), apontava para um crescimento da economia nacional de 1% no conjunto de 2014. Uma previsão corroborada pela Comissão Europeia na semana passada, quando Bruxelas melhorou a estimativa que tinha apresentado nas previsões económicas de outono, que era de 0,9%.

O Produto Interno Bruto (PIB) registou um aumento homólogo de 0,7% no quarto trimestre de 2014 e de 0,9% no conjunto do ano passado, segundo a estimativa rápida do INE, hoje divulgada.

No terceiro trimestre do ano passado, o PIB tinha registado um aumento homólogo superior, de 1,1%.

A estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) fica aquém das previsões do Governo que, no Orçamento do Estado para 2015 (OE2015), apontava para um crescimento da economia nacional de 1% no conjunto de 2014. Uma previsão corroborada pela Comissão Europeia na semana passada, quando Bruxelas melhorou a estimativa que tinha apresentado nas previsões económicas de outono, que era de 0,9%.
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