«Eventualmente, poderão ser más notícias para a oposição, mas, mais uma vez, aqueles que são os velhos do Restelo e, constantemente, não confiam nas previsões e dizem que o caminho não está a ser trilhado de forma correta, não encontram respaldo na realidade. É caso para dizer, de facto, o país está bem melhor e os dados e os factos isso evidenciam», disse á Lusa.
O deputado social-democrata comentava os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de um défice orçamental de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, «traduzindo uma melhoria comparativamente com o resultado verificado em 2013», depois de o executivo da maioria PSD/CDS-PP ter indicado uma estimativa de 4,8%, segundo o novo sistema europeu de contas).
«Os sacrifícios que os portugueses fizeram nos últimos anos deram efetivamente resultado. As previsões do Governo foram superadas e os dados conhecidos factuais demonstram que o défice ficou abaixo do previsto pelo próprio Governo», continuou, acrescentando tratar-se de «uma demonstração de que Portugal está no bom caminho, em boas mãos, e de que os portugueses podem confiar num futuro próspero», pois «é um excelente ponto de partida para que em 2015» se verifique, «pela primeira vez, um défice abaixo dos 3%, portanto, fora dos procedimentos por défice excessivo».
Ainda segundo o INE, a dívida das administrações públicas atingiu os 130,2% do PIB em 2014, superando os 225 mil milhões de euros nesse ano, mais 5,6 mil milhões de euros face a 2013.
«Hoje, a nossa dívida é absolutamente sustentável. Estamos a financiar-nos a níveis (de juros baixos) absolutamente históricos do ponto de vista daquilo que é a história da nossa dívida soberana», congratulou-se Hugo Soares quando questionado sobre o aumento da dívida.
No mesmo sentido, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles congratulou-se com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), interpretando-os como a saída de Portugal do «pesadelo financeiro» para a futura libertação do défice excessivo.
«Provam e comprovam que Portugal cumpriu aquilo com que se comprometeu, cumpriu as metas que tinha acordado e estamos agora, sem contar com medidas extraordinárias, com um défice de 3,7%, bem abaixo do limite de 4% que tínhamos. É óbvio que é mais fácil passar de 3,7% para 3% do que de um número superior para 3%», afirmou, no parlamento.