Ferreira Leite na «animação» da campanha de Rui Rio - TVI

Ferreira Leite na «animação» da campanha de Rui Rio

Líder do PSD percorreu as ruas do Porto ao som das músicas que animam as pistas de dança e ouviu do autarca a garantia de não querer ser candidato à liderança do partido

Relacionados
«Isto vai ser uma animação», disse Manuela Ferreira Leite ao deparar-se com a «Marlene», o autocarro de dois andares, descapotável, que a campanha de Rui Rio usa para percorrer as ruas do Porto. Nem o facto de ser manhã de feriado com direito a fim-de-semana prolongado, nem o céu cinzento que ameaçava chuva desmotivaram os muitos apoiantes que encheram o autocarro.

Mas ainda a líder do PSD não tinha visto o transporte onde passaria a próxima hora e meia e já os sons provenientes da «Marlene» lhe chegavam aos ouvidos. Às 11:30 da manhã na Avenida dos Aliados e talvez nas ruas mais próximas era impossível não ouvir as batidas da música que saía das colunas.

Lá em cima alguns apoiantes, sobretudo os mais jovens, já cantavam e dançavam como se a acção de campanha fosse o prolongamento da noite anterior. E foi lá que, ao lado de Rui Rio, Paulo Rangel e Miguel Veiga que Manuela Ferreira Leite ocupou um lugar.

Ao som de músicas como «Quem é o gostosão aqui», «Nós Pimba», «Love Generation» e ocasionalmente «Nós somos um rio» (um dos hinos do PSD), a «Marlene» seguiu pelo centro histórico do Porto resistindo à chuva e mesmo a alguns sinais vermelhos.

Poucos ficavam indiferentes à passagem da comitiva. Turistas fotografavam, dançavam ao som da música, acenavam e imitavam o «v» que os apoiantes de Rui Rio iam fazendo. Os portuenses assomavam às janelas e varandas para saudar a passagem do candidato e actual presidente da câmara, mas houve quem não se coibisse a brindá-lo com alguns apupos e mesmo insultos. Esses, Rio não viu, ou fingiu não ver, e continuou a sorrir e acenar.

Mais comedida nos acenos e no entusiasmo estava Ferreira Leite. As primeiras gotas de chuva deixaram a líder laranja visivelmente incomodada, mas não tiveram o mesmo efeito nos apoiantes, que continuaram a cantar e, no pouco espaço disponível, ensaiavam mesmo uns passinhos de dança. «Não sei se foi uma experiência radical, mas é, pelo menos, original», disse Ferreira Leite à saída do autocarro.

«Liderança do PSD não está na agenda dos portugueses

Já fora da «Marelene», a líder laranja recusou comentar uma possível candidatura à liderança do partido por Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que «esse não é obviamente um problema nacional nem está na agenda dos portugueses», adiantando que o país tem problemas mais graves.

Manuela Ferreira Leite falou apenas sobre autárquicas e afirmou que acredita que «os portuenses percebem que Rui Rio deve continuar à frente da câmara para continuar esta obra que não está acabada».

Rio garante que não tenciona vir a ser presidente do PSD

Também Rui Rio quis apenas falar da candidatura à autarquia e garantiu que vai cumprir o mandato, além de frisar que, como dizem os cartazes da campanha, está no Porto «a 100 por cento» e tem «os dois pés no Porto». «Com isto quis, por um lado, fazer uma crítica à candidata do PS, que está com um pé no Porto e outro em Bruxelas, e, por outro lado, afirmar que cumprirei o mandato, como fiz nos dois primeiros», disse aos jornalistas.

Sobre a hipótese de ser candidato à liderança do partido, Rio afirmou que não está nos seus planos «nem de longe nem de perto» e quando questionado sobre o que o faria mudar de ideias afirmou: «Não vejo porquê mudar de ideias. Na normalidade das coisas, não vejo porquê».

Com o rumo definido, a «Marlene» seguiu depois viagem já sem Manuela Ferreira Leite e sem Rui Rio, nem Paulo Rangel que foi apanhar um avião para Bruxelas. À tarde é a vez de outro líder partidário percorrer as ruas do Porto a bordo do já famoso autocarro. Paulo Portas junta-se assim à campanha do candidato da coligação PSD-CDS.
Continue a ler esta notícia

Relacionados