«Governo está ferido de morte e aguarda tiro de misericórdia» - TVI

«Governo está ferido de morte e aguarda tiro de misericórdia»

Passos Coelho (PAULO NOVAIS / LUSA)

Passos Coelho diz que «o que é importante não é derrotar o PS e Sócrates, mas mostrar que o PSD tem um projecto que o país valoriza»

Relacionados
Pedro Passos Coelho afirmou este sábado no congresso do PSD que «o que é importante não é derrotar o PS e Sócrates, mas mostrar que o PSD tem um projecto que o país valoriza e que permitirá um futuro diferente para todos os portugueses».

«Não tenho dúvidas de que este Governo está ferido de morte e aguarda o tiro de misericórdia», disse, defendendo por isso que os PSD «não tem de ter pressa em chegar ao Governo», não pode querer «chegar ao poder a qualquer preço». Recordando que nestes 15 anos houve uma altura em que o PSD teve de voltar ao poder «e isso não correu muito bem».

Passos Coelho desafiou ainda o Governo a debater o PEC com o novo líder o PSD, adiando para isso a votação. «Se o primeiro ministro quer, do lado do PSD, algum acordo para exibir no estrangeiro, para exibir aos mercados externos, para exibir em Bruxelas de que na sociedade portuguesa nós apoiamos o caminho que vai ser seguido, que não escolha ele o caminho sozinho e que aceite então não votar o PEC no dia 25, mas quinze dias depois, se isso for necessário, depois de o discutir com o novo líder eleito do PSD».

O candidato à liderança diz que «Sócrates deve saber que o PSD não aceitará um PEC que possa satisfazer Bruxelas se isso for feito à custa das famílias portuguesas, à custa do futuro, se for feito por aqueles que são o motor da mudança em Portugal».

«Patriotas também somos e temos sentido de responsabilidade, mas não é nossa obrigação seguir os maus caminhos deste Governo», disse ainda. «Se quiserem a nossa ajuda e o nosso apoio, não para demagogia, mas para apoiar nas dificuldades, então que nos ouçam também, que já não há uma maioria absoluta, e mesmo que existisse ter uma maioria absoluta e governar o país não é ser dono de Portugal».

«Se nós pagamos para ter uma saúde tendencialmente gratuita, é justo que nos devolva aquilo que o Estado não nos retribui no serviço a que temos direito», afirmou, criticando a intenção do Governo de reduzir as deduções fiscais. «Mas não se preocupem, nós pagaremos todos os anos para a RTP mais de 400 milhões de euros», ironizou. «Não é este o caminho, com seriedade, que podemos seguir», disse.

Passos Coelho foi o único a não declarar apoio a Cavaco

Depois do apelo de Marcelo Rebelo de Sousa, Aguiar-Branco, Castanheira Barros e Paulo Rangel declararam apoio a Cavaco Silva nas próximas eleições presidenciais. Só Pedro Passos Coelho não o fez.
Continue a ler esta notícia

Relacionados