Notícia actualizada às 17h20
A líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, considera que a crise financeira não justifica o «fraquíssimo crescimento da economia», disse à TSF.
Segundo a rádio, que a interceptou no aeroporto da Portela, de partida para Bruxelas, a líder do PSD reservou uma posição definitiva para mais tarde, já que disse ter várias críticas para fazer.
«Vejo com muita preocupação que a taxa de crescimento prevista no Orçamento seja tão baixa», adiantou a líder do PSD, considerando que «este fraco crescimento não está relacionado com a crise financeira», disse.
«Este ponto é essencial. A crise financeira não é justificação do actual fraquíssimo crescimento da economia portuguesa, é resultado de uma política económica errada», acrescentou a social-democrata.
Sobre a proposta do Executivo que propõe um aumento salarial para a Função Pública de 2,9 por cento, Ferreira Leite considera: «Se ele corresponde a alguma folga efectiva e portanto é natural que se compensem os funcionários públicos» ou se pelo contrário não corresponde a esta situação e se «está indirectamente a prejudicar» estes trabalhadores.
E as críticas de Paulo Rangel
«Achamos que o apoio à dar às pequenas e médias empresas (PME) não é suficiente, não vai para lá daquilo que estava previsto, nalguns casos até vai haver situações de algum não apoio», afirmou.
O líder parlamentar do PSD criticou também a proposta de orçamento para 2009 por «não utilizar a folga do défice para o que deve ser».
«A margem que o Governo encontrou, a diferença de 1,5 para os 2,2 por cento de défice, deveria ser usada em medidas de emergência social, por um lado, mas essencialmente no apoio à economia real. Vai ser usada em investimentos de larga escala e isso nós criticamos claramente», disse.
Sobre os «mega investimentos», Paulo Rangel referiu que «muitas vezes implicam um gasto para o Estado mais tarde, de duas formas: com obras que se iniciam agora e implicam mais despesa noutros anos e com as garantias assumidas pelo Estado, que poderá vir a ter de executar se os privados falharem», o que designou de «um orçamento sombra ligado aos grandes projectos».
Interrogado sobre a actualização salarial de 2,9 por cento para a Administração Pública, o líder parlamentar do PSD observou: «Nem sabemos bem como devemos ler isso porque o Governo tem sistematicamente errado nas suas previsões, tem feito sempre actualizações salariais que têm em conta uma inflação que depois nunca se verifica, é sempre muito superior».
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OE 2009: as críticas de Manuela Ferreira Leite
- Redação
- PO
- 15 out 2008, 09:54
![Ferreira Leite no XXXI Congresso do PSD, em Guimarães](https://img.iol.pt/image/id/11050498/1024.jpg)
Crise financeira não justifica «fraquíssimo crescimento da economia», diz Ferreira Leite
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