“Há muitos obstáculos ao voto dos emigrantes”, reconheceu o governante em declarações à agência Lusa, indicando que muitas vezes os cidadãos portugueses estão a grandes distâncias das mesas de voto.
De acordo com o secretário de Estado, num total de 4,5 milhões de emigrantes espalhados pelo mundo, apenas 300.000 se recenseiam.
De acordo com o governante há poucas mesas de voto no estrangeiro e os cortes orçamentais dos últimos quatro anos ditaram o encerramento de serviços essenciais.
“Há emigrantes que estão a 400 quilómetros das mesas de voto”, exemplificou.
O secretário de Estado afirmou que o governo pretende instituir, durante a presente legislatura, o voto eletrónico.
Entretanto, apelou aos emigrantes para se recensearem até 60 dias antes das eleições e se inscreverem nos consulados para poderem ter apoio.
Segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), sete portugueses a residir no Luxemburgo não puderam votar por terem alterado a morada para Portugal quando renovaram os documentos.
Numa visita a França na semana passada, José Luís Carneiro, pediu à presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, para “sensibilizar” outros autarcas para a possibilidade de os portugueses poderem fazer o recenseamento eleitoral e usarem as câmaras como locais de voto.
Além da situação do Luxemburgo, que a CNE não considera um incidente, mas decorrente da lei, não puderam votar cerca de 4.500 portugueses, num total de 13.251 emigrantes, residentes nos EUA, devido às condições atmosféricas.
A tempestade "Snowzilla" afetou a votação em Washington, Newark e Filadélfia, onde os portugueses exercerão o direito de voto no próximo fim de semana, referiu o secretário de Estado, com base nas informações que recebeu dos serviços consulares e da CNE.
Para participação nas redes sociais a hashtag a usar é #presidenciaistvi24
Siga a eleição do novo Presidente à República, ao minuto, aqui.