Escolha no CDS-PP «não me espanta minimamente» - TVI

Escolha no CDS-PP «não me espanta minimamente»

Conselho Nacional do CDS-PP (Foto Lusa/Paulo Cunha)

Ribeiro e Castro não ficou surpreendido com decisão e escusou comentar desafio de Paulo Portas para as legislativas

O ex-presidente do CDS-PP Ribeiro e Castro afirmou esta segunda-feira que a sua exclusão da lista às europeias «não espanta minimamente», e escusou esclarecer se aceita ser candidato nas legislativas por ser uma questão «fora de contexto».

«É sabido que não pensamos da mesma maneira, não vemos as questões do país e da União Europeia da mesma forma, não exprimimos os mesmos valores, nem a mesma linha - e, portanto, no caminho da direcção do partido, a separação que foi confirmada não espanta minimamente», afirmou José Ribeiro e Castro, numa declaração à Agência Lusa.

Europeias: Nuno Melo lidera lista do CDS-PP

O eurodeputado escusou esclarecer, para já, se aceita o desafio do líder do CDS-PP, Paulo Portas, que disse na última reunião do Conselho Nacional que contava com Ribeiro e Castro para «um lugar de destaque» nas listas das legislativas.

«Quanto às eleições legislativas, não faz sentido pensar nelas fora de contexto, para mais tratando-se de eleições que não estão sequer convocadas», argumentou.

O ex-líder democrata-cristão afirmou que irá cumprir o seu mandato até ao fim, sem mais adiantar quanto ao seu futuro político. «Quanto ao futuro, logo se verá», disse.

O eurodeputado afirmou que a sua exclusão das listas europeias do CDS «não surpreende» e que «a direcção escolheu como era esperado que escolhesse».

«Representativas da linha dirigente do partido»

«As candidaturas apresentadas como destaque são representativas da linha dirigente do partido, o que é também a sequência natural», acentuou.

Ainda sobre as europeias, o eurodeputado frisou que tem exercido o mandato «com liberdade de critério» e considerou que teria sido útil prosseguir o seu trabalho no Parlamento Europeu.

«É facto que, a ter liberdade e espaço para o fazer, seria objectivamente útil prosseguir linhas de trabalho político europeu em que me tenho empenhado, na visão que tenho dos interesses portugueses e do quadro a que pertenço e que não queria ver comprometidas», afirmou.

«Também me pareceu que a surpresa, caso acontecesse, teria virtualidades interessantes e positivas para todos. Mas isso sempre dependeria das escolhas do partido. E a direcção escolheu como era esperado que escolhesse», acrescentou.

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, optou por candidatar os deputados Nuno Melo, Diogo Feio e Teresa Caeiro às eleições europeias, com o argumento de que é tempo «de outra geração» e disse que contava com o ex-líder do partido para «um lugar de destaque» nas legislativas.
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