O fim da rádio e televisão nas regiões autónomas - TVI

O fim da rádio e televisão nas regiões autónomas

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Ricardo Rodrigues, cabeça-de-lista do PS pelos Açores, comenta privatização da RTP proposta pelo PSD

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O cabeça de lista do PS pelo círculo dos Açores, Ricardo Rodrigues, afirmou esta segunda-feira que a privatização da RTP proposta pelo PSD «levaria à extinção» dos serviços públicos de rádio e televisão nas regiões autónomas.

«Trata-se de uma matéria que nos preocupa bastante» nos Açores, frisou o candidato socialista às próximas legislativas, acrescentando também não ver «nenhum benefício» na regionalização das tarefas desenvolvidas no arquipélago pela empresa gestora de aeroportos ANA, no caso da sua privatização, igualmente defendida pelos social-democratas.

Ricardo Rodrigues, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com dirigentes da Associação Agrícola de S. Miguel, salientou que este é um assunto que os socialistas podem «estudar», mas referiu que «o transporte de passageiros aéreos é uma área de competência dentro do país», não parecendo que «essa regionalização seja um factor importante do que queremos [as competências em causa] para nós».

«Como está, não nos faz mossa, desde que, quando for para privatizar [a ANA] estejam garantidas algumas condições no caderno de encargos», afirmou.

Relativamente ao sector agrícola, que esteve em análise no encontro com os dirigentes associativos de S. Miguel, Ricardo Rodrigues considerou ser «consensual» a necessidade de «retomar a agricultura a nível nacional», tratando-se, por isso, de um «sector que vai estar em cima da mesa nos próximos tempos».

O cabeça de lista do PS nos Açores realçou a particular importância da actividade agrícola para o arquipélago, referindo os «desafios» que vai enfrentar especialmente no quadro da União Europeia.

Por seu lado, Jorge Rita, presidente da Associação Agrícola de S. Miguel, sublinhou que os deputados à Assembleia da República podem influenciar, em conjunto com os governos regionais e as associações de produtores, o cumprimento dos objectivos dos Açores nesta área, que são «crescer de formar gradual, sustentada e com rendimento para os agricultores».

PSD diz que «não pode ficar sem RTP/Açores»

Também a presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, afirmou esta segunda-feira, em Ponta Delgada, que a região «não pode ficar» sem a RTP/Açores enquanto serviço público, admitindo «todos os cenários» para o garantir em caso de privatização da RTP.

«A região não pode ficar sem a RTP/açores como serviço público», frisou a líder regional social-democrata, admitindo que «todos os cenários são possíveis» para garantir a manutenção do serviço público de televisão nos Açores.

Berta Cabral falava aos jornalistas numa conferência de imprensa destinada a apresentar a parte do Programa Eleitoral do PSD relativa às Regiões Autónomas, que se baseia em seis «compromissos de governação».

Um desses compromissos é a promoção do «aprofundamento das competências das regiões autónomas», tendo a líder do PSD/Açores citado o exemplo da gestão dos aeroportos na sequência da privatização da ANA e admitido como outra situação possível a manutenção do serviço público de televisão decorrente da privatização da RTP.
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