MEP: novo partido está em congresso

Cerca de 100 militantes do Movimento Esperança Portugal reúnem-se sábado e domingo na Ericeira para o congresso fundador do partido, que se afirma «da sociedade civil» e espera eleger «dois a quatro» deputados nas próximas legislativas.

A coesão e justiça social, a educação e a família e solidariedade são as prioridades da mensagem do 16º partido político português.

No I congresso, o MEP vai aprovar o programa e os Estatutos e eleger os órgãos dirigentes. O ex-Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, Rui Marques, vai ser eleito presidente da nova força política, que contará ainda com três vice-presidentes.

No domingo, Rui Marques apresenta a moção de orientação estratégica para 2009, que dá prioridade às eleições legislativas, às quais concorrerá em todos os círculos em listas próprias.

Alcançar o Parlamento

A moção salienta que «o MEP não quer ser muleta de ninguém, não anda à procura de boleias, nem procura um lugar ao sol do poder» mas sim «estar no Parlamento com um grupo parlamentar autónomo».

«Se tivéssemos entre dois a quatro deputados seria um excelente início. O MEP teria a possibilidade de, no seu grupo parlamentar autónomo, ter uma voz activa e apresentar propostas. [...] É uma maratona, não é uma corrida de 100 metros. Por isso a primeira etapa é entrar no Parlamento, porventura daqui a cinco anos estar entre os três maiores partidos», afirmou o presidente do MEP, Rui Marques, em declarações à Agência Lusa.

Alinhamento com o PS

Na moção de orientação estratégica, Rui Marques classifica o PS como «o partido do Estado», o PSD como «o partido do mercado» e define o MEP como «o partido da sociedade civil».

A Educação/Formação, Ensino Superior e Ciência, Família e Solidariedade Social, Saúde, Economia e Trabalho, Ambiente e Ordenamento do Território, Justiça, Finanças, Segurança e Defesa, Negócios Estrangeiros e Cultura são as 10 áreas em que se divide o programa, cuja aprovação está prevista para domingo.