Estratégia de Lisboa, Declaração de Lisboa, Tratado de Lisboa. Os objectivos portugueses para a Presidência da União Europeia cumpriram-se totalmente no que se refere às grandes estratégias e o mérito principal terá de ser apontado a José Sócrates, sem esquecer os caminhos trilhados por Durão Barroso e Angela Merkel.
A verdade para a história ficará assim escrita, irremediavelmente associada à capital portuguesa, com as imagens indesmentíveis transportadas para os livros, enciclopédias e sites. Pode ser apenas um episódio, mas suspeita-se que seja algo mais, talvez mesmo o nascimento de uma nova Europa, mais forte, ágil e capaz de ter uma posição estratégica concertada num mundo cada vez mais concorrencial.
Apesar dos sorrisos rasgados, da excelência organizativa, da ausência de problemas, do cumprimento da agenda, nem tudo é positivo. Isto porque as decisões foram exclusivamente tomadas em gabinetes, excluindo a sociedade e esquecendo, em muitos casos, a vertente social, a defesa dos direitos dos trabalhadores. Uma certa tendência para uma maior flexibilidade e menos segurança, para além da pouca vontade em devolver aos cidadãos o direito a votar o Tratado em referendo.
José Sócrates sorri, fala num dos momentos mais importantes da sua vida, e está claro que será algo inesquecível, mas as provações estão ao dobrar da esquina e a diferença entre o fracasso e o sucesso surgirá na reacção. Como reagirá o primeiro-ministro quando voltar a pegar no comando e carregar no play, depois de ter colocado o país em «modo pausa» durante seis meses? (O descalabro de Guterres deverá, pelo menos, servir de lição).
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Um momento histórico
- Filipe Caetano
- 13 dez 2007, 22:30
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José Sócrates venceu em todas as frentes, mas como vai reagir quando «regressar» ao país?
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