O Partido Socialista mostrou-se apreensivo relativamente aos acontecimentos ocorridos esta manhã na Guiné-Bissau e repudiou o condicionamento da liberdade do primeiro-ministro guineense e de outras personalidades ligadas ao Estado, adianta a Lusa.
Guiné-Bissau: Governo português preocupado
«O Partido Socialista manifesta a sua mais viva apreensão com o desenrolar dos acontecimentos na Guiné-Bissau e repudia o condicionamento da liberdade do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC, democraticamente eleito nas eleições legislativas de Novembro de 2008, bem como de outras individualidades do Estado», pode ler-se no comunicado do partido.
De acordo com o documento, «a instabilidade política e militar que volta a sacudir a Guiné-Bissau é um mau sinal para o desenvolvimento do país e para a melhoria das condições de vida dos guineenses».
O texto refere também que «o Governo do PAIGC, liderado por Carlos Gomes Júnior, vinha a fazer grandes esforços no combate ao narcotráfico com resultados que começavam a ser visíveis, no reforço das instituições do Estado e no saneamento financeiro do país, verificando-se melhorias consideráveis na Administração Pública e na sua capacidade de funcionamento e de pagamento de salários aos seus funcionários».
«Este golpe militar vem mais uma vez demonstrar a pressão dos complexos interesses que minam a sociedade guineense e as estruturas do Estado, sendo de lamentar que afectem o processo de normalização do Estado de Direito e a credibilização interna e internacional em que o Governo do PAIGC estava empenhado», refere o comunicado.
O PS apela ao fim da instabilidade no país e que o «exercício do poder seja devolvido aos seus legítimos representantes e faz votos para que não seja afectada a integridade dos guineenses nem de outras comunidades estrangeiras no país, entre as quais a portuguesa, que tão relevante tem sido na cooperação e no desenvolvimento da Guiné-Bissau».
«Imbuído de um espírito de camaradagem e de solidariedade, o PS manifesta todo apoio ao PAIGC, ao seu presidente, Carlos Gomes Júnior, a todos os dirigentes e militantes do partido, bem como a todos os guineenses, e apela ao bom senso para que o povo guineense e o desenvolvimento da Guiné-Bissau não sejam postos em causa», conclui o documento, assinado pelo responsável do Departamento das Relações Internacionais do partido, José Lello.
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Guiné-Bissau: PS está «apreensivo»
- Redação
- VG
- 1 abr 2010, 18:08
![Carlos Gomes Júnior (LUSA)](https://img.iol.pt/image/id/13240543/1024.jpg)
Partido manifestou apreensão devido ao desenrolar dos acontecimentos no país e repudiou condicionamento da liberdade do primeiro-ministro guineense
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